Segunda-feira, 05 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 28 de março de 2018
Pessoas próximas ao deputado Paulo Maluf (PP-SP) dizem que ele teve um ataque de pânico e crises de choro na noite de terça-feira (27) ao ser informado de que seu habeas corpus não havia sido julgado pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Preso desde dezembro do ano passado, Maluf tenta deixar o Complexo Penitenciário da Papuda por meio de uma liminar. O caso esta nas mãos dos ministro Dias Toffoli.
Segundo os relatos, ao ser informado de que seu pedido não havia sido apreciado e de que, por causa do feriado de Páscoa, só haveria chance de mudança na próxima semana, Maluf caiu em prantos. O parlamentar foi internado no início da madrugada desta quarta (28) em um hospital particular de Brasília. Seu diagnóstico ainda não foi divulgado. Maluf sofre de diversos problemas de saúde, como câncer e diabetes.
“A informação é que [Maluf] terá que ficar sob observação [no hospital] por pelo menos três dias. A defesa não obteve ainda maiores detalhes e também se preserva o direito de respeitar a dor e a preocupação da família, que não quer maior exposição”, afirmou o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay.
“O que cabia à defesa técnica foi feito, agora são os médicos que estarão responsáveis pela saúde (dele)”, complementou o advogado.
Pedidos negados
Em 9 de março, o ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Jorge Mussi negou um pedido de prisão domiciliar apresentado pela defesa de Maluf. Antes do pedido ao STJ, a defesa de Maluf já havia tido outras solicitações semelhantes rejeitadas pela Justiça.
Ao negar o pedido, Mussi afirmou que, por ora, as informações da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal dão conta de que o parlamentar tinha recebido “assistência médica adequada” na prisão.
Antes disso, em janeiro deste ano, o Tribunal de Justiça do DF negou pedido de liberdade apresentado pela defesa do deputado. A defesa argumentou no pedido que o sistema penitenciário “desumano e despreparado” não tem condições de dar segurança a Maluf.
O político cumpre pena em uma cela de 30 m² com capacidade para abrigar até dez detentos no Complexo da Papuda, em Brasília. O local conta com camas do tipo beliche, chuveiro e vaso sanitário. O parlamentar, de 86 anos, fica na Ala B do bloco 5 do Centro de Detenção Provisória, onde também está o ex-senador Luiz Estevão.
Esta ala reúne detentos que precisam ficar em locais específicos, como ex-policiais, idosos, políticos e quem tem ensino superior completo. Assim como outros detentos, Maluf terá direito a quatro refeições diárias (café da manhã, almoço, jantar e lanche noturno) e duas horas de banho de sol.
Ele pode cadastrar até dez pessoas para visitá-lo: nove familiares e um amigo. Nos dias de visitas, só os quatro primeiros que pediram para vê-lo poderão entrar. Advogados têm acesso a qualquer momento.