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Política Paz e amor: ministro propõe que o Tribunal Superior Eleitoral seja mais tolerante com ataques à Justiça Eleitoral

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Para Raul Araújo, do TSE, jornalista não abusou quando citou “censura” ou associou petistas a facção criminosa. (Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE)

Para o ministro Raul Araújo, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a emissão de opinião no período eleitoral deve ser interpretada de maneira mais flexível, ampla e tolerante, ainda que destinada a atingir a Justiça Eleitoral ou adversários políticos.

A proposta foi feita ao colegiado na manhã de quinta-feira (29), quando o ministro votou pela improcedência de uma representação ajuizada contra a rádio Jovem Pan e o jornalista Rodrigo Constantino.

A ação questiona falas do jornalista durante a campanha de 2022, quando ele acusou o TSE de censura contra a emissora, atacou pessoalmente seus membros e associou o então candidato Lula a uma facção criminosa do Rio de Janeiro.

Relator, o ministro Benedito Gonçalves entendeu que as falas excederam a liberdade de expressão e propôs a imposição de multa de R$ 30 mil. Foi acompanhado pelo ministro Alexandre de Moraes.

No voto-vista, Araújo defendeu que as falas representam opinião política que não se confunde com fatos. “Temos que tolerar”, disse. O julgamento foi interrompido por pedido de vista da ministra Cármen Lúcia.

As falas de Constantino se inserem no contexto da campanha de 2022, quando a Jovem Pan foi alvo de decisões do TSE devido a uma série de comentários distorcendo falas de Lula e de candidatos petistas, com uso de desinformação.

Como mostrou a revista eletrônica Consultor Jurídico à época, não houve censura. A emissora se tornou alvo de investigação pela falta de isonomia com que tratou o processo eleitoral e o possível impacto disso.

Na ocasião, Rodrigo Constantino disse que o TSE estava censurando a Jovem Pan, que “o sistema está coligado com essa turma” e que “a essência do PT é autoritarismo, é censura”.

“O trecho traz a opinião. Quando se emite opinião, não há necessidade que se tenha isenção. Ela pode ser bastante inclinada politicamente. É normal. A opinião vai agradar uns e desagradar outros”, analisou Raul Araújo.

O jornalista também disse que “se o brasileiro não tiver juízo e o TSE conseguir o que está tentando, a turma que vai chegar ao poder é a que pensa como Cuba” e chamou o processo de “estelionato eleitoral”.

Para Raul Araújo, novamente trata-se de mera opinião política indisfarçada. “Nenhum eleitor vai ouvir essas palavras e vai entender que é um fato. É uma opinião que ele tem sobre o que está abordando.”

“Embora não desconheça que as falas são ácidas e se imbricam com questões sensíveis, inserem-se na liberdade de expressão quanto à emissão de opinião, que comporta apreciação mais flexível, ampla e tolerante, a qual ganha especial relevância no período eleitoral”, defendeu o relator.

Para ele, diferente seria se acusações objetivas fossem feitas nos microfones da Jovem Pan. Essas precisariam ser comprovadas e gerariam responsabilização.

“Não houve imputação de fato algum, mas claramente a opinião do jornalista desfavorável, contrária, crítica, aguda contra o TSE, seus membros e o então candidato Lula. Qualquer ouvinte percebe isso. Trata-se de opinião e não de relato de fatos”, complementou. (ConJur)

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