Quarta-feira, 26 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 27 de maio de 2021
O PDT publicou nesta quinta-feira (27) uma enfática defesa da impressão do voto Brasil. Em vídeo protagonizado pelo presidente da sigla, Carlos Lupi, recorre-se à figura de Leonel Brizola para diferenciar a postura do partido daquela manifestada, atualmente, pelo presidente Jair Bolsonaro e por seus apoiadores.
“Desde o surgimento da urna eletrônica, nossa referência, Leonel de Moura Brizola, já defendia uma coisa simples de se fazer: a impressão do voto. Para
que possa apertar lá o número do seu candidato, seu papelzinho cair numa urna transparente e ficar ali guardado. Quando tiver uma desconfiança ou uma votação muito diferente de locais, você pode conferir esse voto”, diz Lupi na gravação.
Ele admite que, hoje, “algumas pessoas mais à direita querem defender a impressão do voto”. Afirma, porém, que isso não levará o PDT a “deixar de
defender aquilo que para a democracia é salutar”.
“Nós, do PDT, através do nosso líder Leonel Brizola, fomos os primeiros a falar isso. E temos coragem de dizer a todo o povo brasileiro: sem a impressão do voto não há possibilidade de recontagem. Sem recontagem, a fraude impera.”
Em 2022, o PDT deve lançar Ciro Gomes como candidato à Presidência da República.
Saída de Tabata
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) autorizou a deputada federal Tabata Amaral a se desfiliar do PDT sem perder o mandato. Eleita em 2018, a parlamentar alegava “justa causa” para deixar o partido diante da “grave discriminação pessoal” que estaria sofrendo dentro da legenda.
A maioria dos ministros concordou com o relator, o ministro Sérgio Banhos, que votou de maneira favorável ao pedido de Tabata Amaral. Para o ministro, houve quebra de confiança entre o partido e o “Movimento Acredito”, fundado pela deputada — com o qual o PDT em São Paulo assinou uma carta-compromisso em que destacava o acordo de dar voz ao voto dos integrantes filiados e respeitar a identidade do movimento.
Além disso, o relator entendeu terem sido ofensivos os comentários feitos pelo presidente do partido, Carlos Lupi, de que a deputada receberia “financiamento clandestino” e “patrocínio de gente muito poderosa”.
Banhos ainda levou em consideração a “clara situação de desprestígio” em que Tabata foi colocada após discordar da legenda no assunto da Reforma da Previdência.
A deputada acionou o TSE em outubro de 2019, quando ela e outros sete integrantes do PDT na Câmara votaram a favor da reforma da Previdência, contrariando a orientação da legenda. Todos os dissidentes viraram alvo de processo interno na Comissão de Ética da legenda, por infidelidade partidária.