Por Redação O Sul | 18 de maio de 2025
Agptea reuniu 70 profissionais que atuam nas escolas gaúchas em minicurso
Foto: Rejane Costa/AgroEffectiveA Fenasul Expoleite foi palco para a realização de um minicurso voltado aos técnicos agrícolas. O evento foi organizado pela Associação Gaúcha de Professores Técnicos do Ensino Agrícola (Agptea) e reuniu 70 técnicos no auditório da entidade, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS).
O primeiro palestrante foi o professor Carlos Fontoura, que tratou da aquisição de conhecimento e a forma como deve ser usado pelos estudantes dentro das escolas. “Existem dois tipos de conhecimento, um de base, que é técnico, que a escola muito bem faz isso, mas tem a informação e essa informação é o aperfeiçoamento do dia a dia que vai criando aquelas competências natas de acordo com as personalidades de cada profissional”, pontuou. Fontoura disse, ainda, que não se pode, de maneira nenhuma, se acomodar dentro do conhecimento que se tem e, principalmente, as pessoas que vão atuar junto ao produtor rural, que muitas vezes ainda não está adaptado às novas tecnologias. “Não se pode achar que ele tem as mesmas facilidades que nós tínhamos, como a oportunidade de ter esse convívio diário com esse mundo que vou chamar de maluco”, complementou.
Na sequência, falou o técnico agrícola Vitor Hugo Baratieri, sobre a importância de levar para os alunos a vivência da mecanização. Contou que o interesse pelo assunto iniciou quando ingressou no ensino técnico agrícola. Foi o nicho no qual se encaixou melhor, pois não queria trabalhar com animais. A mecanização, portanto, foi sua área de especialização ao longo dos anos. Para Baratieri, é importante que o aluno tenha também esse conhecimento. “Não basta apenas ele saber dirigir o trator, tem que entender como é que vai ser essa relação desse equipamento com a atividade que está fazendo”, explicou.
O presidente da Agptea, Fritz Roloff, destacou a importância de reunir os técnicos na Fenasul Expoleite, “para que possam ser tomadas atitudes conjuntas, de forma que o aluno, quando saia de uma escola, não sinta o impacto tão grande para ingressar em outra. “A gente tem verificado nas nossas visitas que existem muitas variações, não só de atitudes, mas de praxes. Em algumas escolas, os técnicos não colocam as atividades em prática. Eles são apenas monitores. Em outras, são a mão de obra, literalmente dita. Então, não existe uma uniformidade de ações. É importante que eles saibam como são essenciais nesse processo”, afirmou. Para Roloff, os técnicos são agentes importantes de informação e precisam também ser responsáveis e responsabilizados por esse processo.
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