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Economia Pela primeira vez, capitais como Salvador, Porto Alegre e Belo Horizonte registraram o encolhimento do número de seus moradores

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Desaceleração do crescimento populacional e encolhimento de capitais dão pistas do desafio. (Foto: IBGE)

A pesquisa Estimativas da População, divulgada recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou uma acentuada desaceleração do crescimento populacional. Em 1.º de julho deste ano, eram 213.421.037 habitantes, uma alta de apenas 0,39% em relação a 2024. E, pela primeira vez, até capitais, como Salvador, Porto Alegre e Belo Horizonte, registraram o encolhimento do número de seus moradores, num sinal das mudanças demográficas em curso no País.

Dos 5.571 municípios, 2.079 (37,3%) tiveram queda populacional; 3.011 (54,0%) ficaram com taxa entre 0 e 0,9%; e apenas 122 municípios (2,2%) cresceram 2% ou mais. Segundo o gerente de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica do IBGE, Marcio Minamiguchi, os dados confirmam o que já era indicado pelo Censo 2022 e pelas Projeções da População. Ou seja, todos já sabem o que está acontecendo: há forte refluxo populacional sem que o Brasil tenha aproveitado o bônus demográfico, que se observa quando a proporção da população ativa supera a de crianças e idosos, elevando a produtividade e o aumento da renda média.

O Brasil atingirá seu ápice populacional em 2041 e, em apenas duas décadas, a população total já começará a diminuir. Essa queda e o envelhecimento terão consequências sobre a saúde pública, a Previdência e a assistência social, assim como sobre a educação e a formação para o trabalho.

O Relatório sobre o Futuro dos Empregos 2025, do Fórum Econômico Mundial, realizado em parceria, no Brasil, com a Fundação Dom Cabral, mostra, por exemplo, que até 2030 serão criados 170 milhões de postos de trabalho no mundo e outros 92 milhões serão destruídos em razão das inovações com inteligência artificial, um saldo de 78 milhões. Mas, enquanto o mundo muda, o Brasil ainda patina em educação, com quase um terço da população analfabeta funcional e só 23% com altas habilidades digitais, segundo o Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), da Ação Educativa.

Além disso, um estudo de Janaína Feijó, economista e pesquisadora da área de Economia Aplicada do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), apurou que, no ano passado, havia 8,6 milhões de brasileiros ocupados com mais de 60 anos de idade, uma alta de quase 70% em relação aos 5,1 milhões de 2012. Como esse fenômeno só tende a se acentuar, serão necessárias políticas públicas eficazes a essa crescente geração prateada.

Não menos importante, o País tem um encontro marcado com uma reforma da Previdência. Como apontou o economista Fabio Giambiagi no estudo A Previdência Social no Brasil: tendências e desafios, os benefícios crescerem a uma taxa que é quase o dobro do PIB nas últimas quatro décadas, enquanto os efeitos da reforma de 2019 já começam a se dissipar.

Logo, investimentos em educação e qualificação profissional, reformas das fontes de custeio de serviços públicos e critérios mais rígidos para concessão de benefícios terão de ser discutidos com profundidade e seriedade pelo Executivo e Legislativo. Que as autoridades comecem a buscar o apoio da sociedade para tantas e tão graves mudanças. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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