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Economia Pelo menos 375 mil salões de beleza fecharam as portas no Brasil devido à pandemia de coronavírus

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Sofrendo com a crise no setor, pequenos e grandes proprietários sobrevivem atendendo em domicílio e vendendo produtos

Foto: Divulgação
Sofrendo com a crise no setor, pequenos e grandes proprietários sobrevivem atendendo em domicílio e vendendo produtos. (Foto: Divulgação)

Dados da ABSB (Associação Brasileira de Salões de Beleza) apontaram que 375 mil salões de beleza no País já foram à falência desde o começo da pandemia. Além disso, a entidade estima que cerca de 47% dos proprietários deste estabelecimentos declararam ter muita dificuldade para manter o empreendimento e 5% já baixaram as portas de vez.

Para o presidente da Associação, José Augusto Nascimento Santos, a área de beleza não está sendo tratada na profundidade necessária para uma cadeia econômica complexa.

“As atividades do setor, ainda que consideradas essenciais à saúde, estão sendo tratadas de forma superficial e prejudicando a coletividades de consumidores que dependem de tratamentos como de podologia, massagem pós cirúrgicas, terapias capilares etc”, analisa o presidente da entidade.

O dirigente faz menção ao decreto nº 10.344, baixado pelo presidente Jair Bolsonaro em 11 de maio de 2020, que colocou os salões de beleza e barbearias no rol de atividades consideradas essenciais à economia. Porém, o STF (Supremo Tribunal Federal) já tinha considerado, e reafirmou neste ano, que estados e municípios podem definir suas próprias regras, incluindo classificação de serviços essenciais.

O empresário do ramo da beleza João Franco sofre com a queda abrupta no faturamento do seu negócio. Para quem trabalhava com cerca de 70 clientes por dia, o caminho, desde março de 2020, tem sido adequar o orçamento e atender em domicílio.

“A conta não fecha, o custo na pandemia aumentou muito e a gente está sofrendo com a queda financeira. O que entra ajuda, mas é muito pouco”, afirmou o empresário, que era dono de três salões, mas dois deles foram fechados definitivamente por causa da crise e a consequência imediata foi a demissão de dezenas de funcionários.

Há 22 anos no setor, João já chegou a receber em seus três salões – um especializado em noivas, outro em maquiagens e o terceiro em cabelos.  “Eu tenho esperança de que o ramo da beleza volte a crescer a partir do segundo semestre deste ano”, disse o empresário.

Formalização e criatividade

De acordo com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), a formalização de pequenos empreendedores, como é o caso da cabeleireira Elenice, em MEIs (microeemprededores individuais) é o melhor caminho para geração de renda e proteção durante a crise. Entre as vantagens estão direito à previdência social, modelo simplificado de tributação, inscrição no CNPJ sem custo e sem burocracia, entre outros.

Apesar da pandemia, em 2020 o País criou 3,4 milhões de novas empresas, alta de 6% em comparação a 2019. Ao final de 2020, o saldo positivo no País foi de 2,3 milhões de empresas abertas, com destaque para MEIs.

Aliada à formalização, a criatividade e a atualização são fundamentais para sobrevivência em tempos de crise. Cerca de 75% dos donos de salões de beleza e cabeleireiros passaram a usar as redes sociais para vender seus produtos e compensar a queda na arrecadação. E, mesmo com a escassez de recursos e falta de capital de giro para investir, 44% dos proprietários começaram a oferecer novos itens durante pandemia.

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https://www.osul.com.br/pelo-menos-375-mil-saloes-de-beleza-no-pais-fecharam-as-portas-na-pandemia-do-coronavirus/ Pelo menos 375 mil salões de beleza fecharam as portas no Brasil devido à pandemia de coronavírus 2021-04-18
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