Terça-feira, 21 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 6 de agosto de 2018
A poupança fechou o mês de julho no País com um captação líquida de R$ 3,748 bilhões, informou nessa segunda-feira o BC (Banco Central). O valor reflete o montante de recursos que os brasileiros depositaram na caderneta, já descontados os saques feitos no período.
Trata-se do quinto mês consecutivo de captação líquida positiva para esse tipo de aplicação financeira e do melhor resultado de julho deste 2014, quando o superávit alcançou R$ 4,029 bilhões.
Ainda de acordo com o BC, no mês passado os aportes na caderneta somaram R$ 189,8 bilhões, enquanto os saques atingiram R$ 186,052 bilhões. Considerando-se os rendimentos de R$ 2,846 bilhões nesse sétimo mês do ano, o total de recursos depositados na poupança chega hoje a R$ 755,682 bilhões.
Já no acumulado do ano até o mês de julho, a captação da poupança se apresenta positiva em R$ 11,097 bilhões. Conforme os dados oficiais, esse desempenho é resultado da diferença entre aportes de R$ 1,260 trilhão e retiradas de R$ 1,249 trilhão.
Contraste
O resultado positivo da poupança em 2018 contrasta com o cenário visto em anos anteriores. Em 2015 e 2016, a crise econômica havia acirrado os saques, com as famílias mais retirando do que colocando recursos na caderneta para fazer frente às despesas do dia a dia.
Já no ano passado, o cenário começou a mudar, em meio ao início da recuperação econômica. Ainda assim, os primeiros meses de 2017 foram marcados por um maior volume de saques do que de depósitos, sendo que a recuperação dos saldos ocorreu no segundo semestre.
Em 2018, a recuperação gradual da atividade e da própria renda, em um ambiente de inflação baixa, favoreceu a captação líquida de recursos pela poupança. Em junho, também começou a liberação de parte dos recursos do PIS-Pasep para pessoas que trabalharam no período entre 1971 e 1988. A liberação de recursos, em um total de R$ 16 bilhões, vai se estender até 28 de setembro.
Remuneração
Atualmente, a remuneração da caderneta de poupança é formada pela TR (taxa referencial) mais 70% da Selic (a taxa básica de juros definida pelo Comitê de Política Monetária, o Copom, ligado ao BC). A Selic, por sua vez, está hoje em 6,5% ao ano.
Essa regra de remuneração vale sempre que a taxa básica estiver abaixo dos 8,50% ao ano. Quando estiver acima disso, a poupança será atualizada pela TR mais uma taxa fixa de 0,5% ao mês (6,17% ao ano).