Quarta-feira, 30 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 8 de fevereiro de 2018
“Há uns anos atrás você não tinha um índice tão alto, e o roubador evitava o confronto se fosse um policial. Hoje não. Hoje em dia eles estão tão ousados, tão certos da impunidade, que eles, ao menor sinal de que estão diante de um policial militar, eles executam sem dó nem piedade na mesma hora”, afirmou a coordenadora de segurança e inteligência do Ministério Público, Elisa Fraga.
O coronel Ubiratan Ângelo, ex-comandante da PM, diz que muitos deles ainda morrem porque andam armados na folga, e reagem de forma equivocada.
“Esse policial já entra com o ethos de quem vai reagir a toda e qualquer ação agressiva, e o policial dá mais atenção aos equipamentos de ataque que aos de defesa. Ele acaba por ter sido pego de surpresa, sem tempo de reação, ele pode reagir e morrer ou também acabar em uma troca de tiros e gerar balas perdidas”, disse ele.
“Entre os policiais mortos, encontramos muitos policiais mais novos. Já os policiais das Forças Especiais não estão tão presentes entre as vítimas, a meu ver porque se cuidam mais, porque não andam armados, não andam com sua carteira funcional”, avalia Elisa.