Quarta-feira, 07 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 23 de outubro de 2022
A ex-deputada federal e filha de Roberto Jefferson, Cristiane Brasil (PTB), teve suas contas no Twitter e no Instagram suspensas neste domingo (23).
Segundo o Twitter, “a conta está retida em cumprimento a uma ordem judicial”. A rede social não forneceu mais detalhes. O Instagram ainda não se manifestou.
Ao tentar acessar o perfil de Brasil no Instagram, a mensagem que aparece é “o link em que você clicou pode não estar funcionando, ou a página pode ter sido removida”.
Antes de ter suas contas em redes sociais bloqueadas, Brasil gravou um vídeo sobre a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que revogou a prisão domiciliar de Roberto Jefferson. A revogação foi devido a “notórios e públicos descumprimentos” de decisões judiciais.
“Quem estiver perto corra pra lá. Bairro Golf, condomínio Marlene Novaes em Comendador Levy Gasparian. Aeroporto mais perto é o de Juiz de Fora”, afirmou a ex-deputada. “Xandão vai matar meu pai hoje. Mandou a polícia prendê-lo e ele não vai se entregar. Está trocando tiros com os soldados da milícia do Xandão. Deus ajude a nossa família”, escreveu em outro post, referindo-se ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Alexandre de Moraes.
Em um vídeo, publicado horas antes da suspensão, ela chama os agentes da PF que foram cumprir ordem de prisão contra seu pai de “Gestapo do Xandão”. “Eu tenho certeza que a Polícia Federal, os agentes que estão na porta do meu pai são da Gestapo do Xandão, a polícia política do Xandão”, afirma Cristiane. “Porque a polícia federal não vai à casa de ninguém no domingo. Então se acontecer alguma coisa com meu pai, a ordem partiu de você. E é você que será responsabilizado”, disse. “A PF não entra na casa de ninguém no domingo. A não ser que seja por ordem de um canalha, de um criminoso feito você. E é atrás de você que o povo brasileiro vai. E eu vou estar lá com eles, Xandão”, disse ela.
Moraes revogou a prisão domiciliar de Roberto Jefferson após “notórios e públicos descumprimentos” de decisões judiciais. Na última sexta-feira (21), o ex-deputado gravou um vídeo atacando a ministra Cármen Lúcia, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, além de diversos xingamentos, chegou a comparar a magistrada a uma “prostituta”.
Na manhã deste domingo (23), Jefferson trocou tiros com a polícia ao resistir o cumprimento da ordem judicial. Ele afirmou que não iria se entregar e, depois, exibiu a viatura da PF repleta de marcas de disparos de arma de fogo. Dois agentes ficaram feridos com estilhaços. Aliado do presidente Jair Bolsonaro, Jefferson atirou com fuzil e jogou 3 granadas, ferindo 2 agentes, mesmo proibido de portar armas. Ele se entregou após 8 horas descumprindo a decisão do STF.