Quinta-feira, 29 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 13 de agosto de 2015
Uma pesquisa realizada pelos dois maiores sites de pornografia da internet afirma que o Brasil e as Filipinas estão em primeiro lugar em uma lista de consumo de conteúdo erótico pelo público feminino. Nos dois países, 35% do consumo de pornografia é realizado por mulheres e 65% por homens, segundo o Pornhub e o Redtube.
A pesquisa, porém, é contestada por sites concorrentes. Um deles afirma que não seria possível fazer esse tipo de medição. A Argentina ficou em quarto lugar, com 30%, e o México em oitavo, com 28%. Esses países superaram a média mundial para mulheres, de 24%.
Preferências.
O estudo – sobre as preferências femininas intitulado “O Que as Mulheres Querem” – afirma que as categorias mais procuradas pelas mulheres que consomem pornografia na internet são cenas lésbicas, sexo a três e squirt (ejaculação feminina). Elas também se interessam por sexo entre homens gays, massagens, sexo oral e vídeos de celebridades.
O tempo em que cada um permanece nos sites também foi medido. A média mundial é de 10 minutos e 10 segundos para as mulheres, e 9 minutos e 22 segundos para os homens.
O Pornhub e o Redtube são dois sites de internet que oferecem conteúdo pornô grátis – apesar de terem conteúdo “premium” por meio de assinaturas. Eles atraem um tráfego de 40 milhões de usuários únicos por mês.
A conclusão é que o número de mulheres que entram nos sites aumentou e o que elas mais buscam nesses ambientes são situações que reflitam o prazer feminino.
Mas ainda que vários setores dessa indústria concordem que o consumo do produto entre as mulheres cresceu, alguns produtores de pornografia com perspectiva feminina, como Erika Lust Film, dizem que a sondagem do Pornhub e do Redtube – que utilizou um “software analítico” – não é científica e questionam os resultados.
Medição.
Pablo Dobner, diretor-executivo e cofundador do Erika Lust Films, argumenta que seus concorrentes não teriam como medir de forma precisa a quantidade de pessoas que acessam seu site segundo o gênero do usuário. Isso porque não é preciso escrever nome de usuário nem criar uma senha. Segundo ele, mesmo se isso fosse necessário, ainda assim não é possível ter certeza sobre o gênero do consumidor.
“Por isso, sua estimativa de quantos são mulheres e quantos são homens no tráfego maciço que eles têm não está comprovada. Se formos além da superfície do estudo não encontramos nenhuma referência científica nem estatística. É a palavra deles, sem embasamento técnico.”
Dobner alega que o único propósito do estudo é promover os sites pornográficos gratuitos na internet.
Também há uma polêmica relacionada ao tipo de conteúdo que as mulheres preferem ver. Mas Dobner reconhece que as cenas de sexo entre lésbicas são materiais com os quais elas podem se sentir mais confortáveis – porque essas cenas mostram exclusivamente mulheres tendo prazer.
“As mulheres estão buscando mais prazer feminino e reivindicando que o homem não é o único que tem de desfrutar do sexo e que elas também querem sua parte do sexo recreativo, que esteve proibido para elas por tanto tempo.”