Domingo, 07 de dezembro de 2025
Por Redação O Sul | 6 de dezembro de 2025
A Petrobras realizou suas primeiras entregas do SAF (combustível sustentável de aviação) no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro, após ter se tornado a primeira com produção integral do combustível no País.
Foram comercializados pela petroleira 3.000 metros cúbicos de SAF com distribuidoras que atuam no aeroporto, o equivalente a um dia de consumo nos aeroportos do estado do Rio de Janeiro, informou a companhia na sexta-feira (5).
O anúncio ocorre após a Vibra Energia (ex-BR Distribuidora), ter anunciado em novembro que começou a abastecer com SAF importado dois voos diários partindo de Salvador, transformando o aeroporto da capital baiana no primeiro do Brasil a utilizar o combustível sustentável de aviação em operações comerciais.
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, destacou que a iniciativa da petroleira busca antecipar o atendimento a regras globais e domésticas que passam a valer em 2027, quando companhias aéreas no Brasil serão obrigadas a usar esse tipo de combustível.
O SAF das primeiras entregas foi produzido por meio de coprocessamento na Reduc (Refinaria Duque de Caxias), no Rio de Janeiro, certificada para produzir e comercializar o combustível. A unidade tem autorização da reguladora ANP para incorporar até 1,2% de matéria-prima renovável na produção de SAF por essa rota.
A Petrobras afirmou que está certificada para o uso de óleo técnico de milho (TCO), uma matéria-prima residual, ou óleo de soja, com uma redução prevista nas emissões líquidas de CO2 de até 87% na parcela renovável. O produto obtido, segundo a empresa, é quimicamente idêntico ao combustível mineral, mas com uma parcela derivada de matéria-prima sustentável.
A antecipação da produção de SAF em relação à legislação vigente é fundamental para o mercado de aviação, considerando as futuras exigências do setor. A Revap (Refinaria Henrique Lage), em São José dos Campos (SP), já realizou testes para a produção de SAF pela rota de coprocessamento de óleo vegetal com correntes tradicionais de petróleo.
Além disso, a previsão é que, ainda em 2026, a Replan (Refinaria de Paulínia), no estado de São Paulo, e a Regap (Refinaria Gabriel Passos), em Minas Gerais, também passem a produzir e comercializar o combustível.
A partir de 2027, as companhias aéreas no Brasil deverão começar a usar esse tipo de combustível em voos internacionais, seguindo as regras do programa CORSIA (Carbon Offsetting and Reduction Scheme for International Aviation) da ICAO; e em voos domésticos, com base na Lei do Combustível do Futuro. Com informações da Folha de S. Paulo e Petrobras.