Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 29 de novembro de 2017
A Petrobras reduzirá os preços da gasolina nas refinarias em 0,8 por cento a partir de quinta-feira, informou a estatal nesta quarta-feira em comunicado em seu site.
Trata-se da segunda queda consecutiva –a petroleira já havia reduzido em 2,3 por cento as cotações da gasolina a partir desta quarta-feira.
Os reajustes, que fazem parte da nova política da Petrobras, em vigor desde julho, ocorrem após o valor do combustível no Brasil ter superado 4 reais na semana passada e atingido um novo recorde.
Paralelamente, a companhia informou que elevará os preços do diesel nas refinarias em 0,5 por cento a partir de quinta-feira.
Acumulado
Desde que deu início à sua nova política de preços, a gasolina já foi reajustada em quase 30%. Nesta segunda-feira (27), durante entrevista no Palácio do Planalto, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse que o “grande impacto” na alta dos preços dos combustíveis se deve ao aumento de impostos.
Parente participou de reunião nesta tarde com o presidente Michel Temer, ministros das aéreas políticas e econômicas do governo e com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
O encontro discutiu a aprovação no Congresso Nacional de uma medida provisória de interesse da Petrobras.
Ao final da reunião, Parente foi questionado sobre o preço da gasolina que chega aos consumidores. Segundo ele, a política de preços adotada pela companhia não é o principal fator para a alta do preço dos combustíveis.
Em julho deste ano, o governo anunciou a elevação da tributação sobre os combustíveis junto com um bloqueio adicional de R$ 5,9 bilhões em gastos no orçamento federal. As medidas visavam auxiliar no cumprimento da meta fiscal.
O governo decidiu, na oportunidade, aumentar as alíquotas de PIS e Cofins sobre os combustíveis, em busca de receitas extras.
“Não estou aqui para criticar o governo. Na verdade, se sabe que isso foi uma necessidade em função da crise fiscal que o País vive, mas em termos concretos, o grande impacto do aumento dos combustíveis é decorrência do aumento dos impostos”, disse Parente.
Conforme dados de sexta-feira (24) da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), a gasolina terminou a última semana com preços em alta para o consumidor final. O aumento médio nas bombas foi de 1,43%, de R$ 3,966 para R$ 4,023.
Recentemente, a Petrobras elevou o preço da gasolina nas refinarias em 2,85%, mantendo a política de ajustar preços a fim de acompanhar o mercado internacional. O repasse ou não para o consumidor final cabe aos postos.
“Quando nós consideramos o que a Petrobras fez, a variação deve ser de 2% nesse período de um ano, mas os impostos levaram a um acréscimo acima de 20%”, disse.
Segundo Parente, o valor cobrado pelos combustíveis considera os preços no mercado internacional e a variação da taxa de câmbio. Ele destacou que o preço final para o consumidor “não leva em conta apenas” as cifras da venda da Petrobras na refinaria.
Esse preço é impactado por impostos, que sofreram altas, com reflexos na gasolina e no diesel. Questionado, ele não citou quais foram os tributos que pesaram na alta dos preços.