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Saúde Pfizer e BioNTech anunciam que sua vacina contra a covid é segura e induz resposta imune em crianças de 5 a 11 anos

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A farmacêutica está trabalhando na elaboração de uma vacina que combata todas as variantes. (Foto: Agência Brasil)

As empresas Pfizer e BioNTech anunciaram que a vacina desenvolvida por elas contra a covid-19 é segura e induziu uma resposta imune “robusta” em crianças de 5 a 11 anos.

Os dados são preliminares e ainda precisam passar por avaliação de outros cientistas para serem publicados em revista científica. Até agora, a vacina da Pfizer pode ser aplicada em pessoas a partir dos 12 anos – tanto no Brasil como em outros países.

Se o uso for aprovado, a vacina da Pfizer poderá ser a primeira aplicada em crianças nos Estados Unidos e, eventualmente, no Brasil. Para que isso ocorra, a própria farmacêutica precisa solicitar esse uso às agências regulatórias – no caso do Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Em nota, a Anvisa informou que “a Pfizer não solicitou, até o momento, inclusão de crianças de 5 a 11 anos na bula de sua vacina contra covid-19”.

Para solicitar esse uso, o laboratório precisa apresentar “estudos e evidências que sustentem a indicação em termos de segurança e eficácia”, segundo a agência.

Em agosto, a Anvisa negou um pedido do Instituto Butantan para dar a Coronavac a crianças a partir de 3 anos. No Chile, a vacina já começou a ser aplicada em crianças com 6 anos ou mais.

Resumo 

— Os resultados em crianças vêm de testes de fases 2/3 que estavam sendo conduzidos pelas empresas. Participaram 4,5 mil bebês e crianças com idades entre 6 meses e 11 anos de quatro países: Estados Unidos, Finlândia, Polônia e Espanha.

— Dos 4,5 mil participantes no total, 2.268 tinham idades entre 5 e 11 anos. Essas crianças receberam uma quantidade menor da vacina: duas doses de 10 microgramas administradas com 21 dias de intervalo. Nas pessoas a partir dos 12 anos, a dose era de 30 microgramas.

— As respostas de geração de anticorpos nos participantes que receberam doses de 10 microgramas foram comparáveis às registradas em pessoas de 16 a 25 anos, segundo a Pfizer. A concentração (título) de anticorpos foi medida um mês após a segunda dose da vacina.

— A vacina foi “bem tolerada, com efeitos colaterais geralmente comparáveis aos observados em participantes de 16 a 25 anos de idade”, disse a farmacêutica.

— A empresa afirmou que a dose de 10 microgramas foi “cuidadosamente selecionada como a dose preferida para segurança, tolerabilidade e imunogenicidade” (geração de anticorpos) em crianças de 5 a 11 anos.

— A expectativa é de que os resultados da faixa etária de 6 meses até 5 anos sejam divulgados ainda neste ano. Essas idades foram divididas em dois grupos: de 6 meses até 2 anos e de 2 a 5 anos. Ambos os grupos receberam doses abaixo de 3 microgramas.

A Pfizer e a BioNTech disseram, ainda, que “planejam compartilhar esses dados” com a Food and Drug Administration (FDA), a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e outras agências regulatórias “o mais rápido possível”, mas não anunciaram uma data.

As empresas também anunciaram que “planejam enviar dados do estudo completo de fase 3 para publicação científica”, mas também não informaram um prazo para envio.

Objetivo

A Pfizer não afirmou que a vacina é “eficaz” em proteger as crianças da covid-19 – mas fez uma comparação na quantidade de anticorpos encontrados nas crianças com a achada em adultos.

A farmacêutica divulgou o que se chama de “resultados de não inferioridade” – nesse caso, os de que os anticorpos vistos nas crianças foram comparáveis, ou não inferiores, àqueles dos grupos de 16 a 25 anos.

A epidemiologista Denise Garrett, vice-presidente do Instituto Sabin, em Washington, nos Estados Unidos, lembra que os resultados, até agora, foram divulgados em um comunicado à imprensa – que não contém todos os dados da pesquisa.

“Ficamos no aguardo da publicação. Tudo o que eles estão nos apresentando agora são somente dados de imunogenicidade. Isso se refere somente a níveis de anticorpos”, explica.

“Infelizmente, dados de desfechos clínicos [se as crianças ficaram ou não doentes] não foram incluídos. Isso não surpreende, porque o principal objetivo desse estudo foi avaliar segurança”, completa Garrett.

Os dados apresentados mostraram que o título médio geométrico dos anticorpos neutralizantes contra o coronavírus foi de 1.197,6 nas crianças, “demonstrando forte resposta imunológica” nelas um mês após a segunda dose, de acordo com a Pfizer.

Os pesquisadores compararam o resultado ao que havia sido visto na faixa etária de 16 a 25 anos – que já havia sido medido antes, em outro ensaio. Nesse grupo, o número foi de 1.146,5. Ou seja: o resultado nas crianças foi “não inferior” ao que havia sido visto nas pessoas mais velhas.

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