Sexta-feira, 29 de março de 2024
Por Redação O Sul | 1 de setembro de 2021
Recuperação da economia perde fôlego, após avanço de 1,2% no 1º trimestre
Foto: ReproduçãoO PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil recuou 0,1% no 2º trimestre de 2021, na comparação com os três meses imediatamente anteriores, segundo divulgou nesta quarta-feira (01) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Os números do IBGE mostram que a economia brasileira perdeu fôlego, após avanço de 1,2% no 1º trimestre. “Frente ao mesmo trimestre de 2020, o PIB cresceu 12,4%. No primeiro semestre, o PIB acumula alta de 6,4%. No acumulado nos quatro trimestres, terminados em junho de 2021, o PIB cresceu 1,8%”, informou o IBGE.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no País e durante um certo período e serve como uma espécie de termômetro da evolução da atividade e da capacidade de uma economia gerar riqueza e renda.
Expectativas
Apesar do avanço da vacinação contra a Covid-19 e do fim das medidas de restrição de horários e público em boa parte do país, a inflação persistente, a tensão política e “riscos fiscais” (sustentabilidade das contas públicas) têm elevado nas últimas semanas o nível de incerteza sobre o ritmo da retomada e provocado revisões para baixo das previsões econômicas.
A expectativa do mercado financeiro para o crescimento da economia em 2021 foi reduzida de 5,27% para 5,22%, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central. Para 2022, a média das projeções está em 2%, mas parte dos analistas já vê um crescimento mais próximo de 1,5%.
Em 2020, no primeiro ano da pandemia, a economia brasileira caiu 4,1%, registrando a maior contração desde o início da série histórica atual do IBGE, iniciada em 1996, o que tirou o Brasil da lista das 10 maiores economias do mundo.
Economistas avaliam que o aquecimento do setor de serviços – o que mais emprega no país e com maior peso no PIB – deve ajudar na melhora do mercado de trabalho e garantir que o PIB do terceiro e do quarto trimestre se mantenha no azul, mas alertam para o riscos de novos freios para a recuperação, incluindo a perspectiva de novas elevações na taxa básica de juros (Selic), de agravamento da crise hídrica e piora do ambiente político, em razão das reiteradas ameaças do presidente Jair Bolsonaro à ordem democrática.