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Brasil Piora no ambiente político impede ajuste das contas públicas

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Economistas podem divergir quanto às medidas, velocidade de implantação ou tempo necessário para que o ajuste fiscal surta efeito. Mas em pelo menos dois aspectos eles concordam: a necessidade de revisão das contas públicas do País e a dificuldade de implementação de mudanças estruturais em um cenário de crise política e econômica.

De acordo com a economista Monica Bolle, do Peterson Institute de Washington (EUA), a proposta inicial do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, previa um ajuste baseado no aumento de impostos e, dentro de um ou dois anos, a revisão de gastos federais, reconsiderando inclusive as vinculações de receitas para áreas como saúde e educação.

O governo não tem autonomia para mexer em 90% dos gastos. Assim, os ajustes fiscais acabam levando a cortes de investimentos públicos e elevações tributárias, a exemplo da recente tentativa de retorno da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).

Desde 1991, a carga tributária subiu de 24% a 35% e são cada vez mais impopulares as medidas no setor. “O ajuste baseado em impostos é frágil e o que resolveria o problema da dívida seria o ajuste estrutural, mas o Brasil não tem ambiente para as discussões que fazem a diferença”, avalia Mônica.

Urgência

Um estudo dos pesquisadores Mansueto Almeida, Marcos Lisboa e Samuel Pessoa reforça a urgência de ajuste estrutural para conter a explosão da dívida, que em 2018 poderá alcançar 72% do PIB (Produto Interno Bruto). A análise defende a necessidade de revisão de benefícios sociais em educação, saúde e previdência.

Já o economista Luiz Carlos Mendonça de Barros, da Quest Investimentos, vê utilidade no debate mas acredita que um ajuste estrutural é impraticável no momento.

“O atual governo não tem condições políticas para isso. Será preciso aguardar até 2017, se o Executivo recuperar alguma força, o que não parece que vá acontecer”, sentencia Mendonça.

“O que se impõe agora é concentrar esforços para um ajuste fiscal com o controle de inflação, cortes de gastos públicos e contenção de crédito”, preconiza. “No mais, é Lexotan [famoso medicamento conta a ansiedade] para todo mundo e esperar que passe o pior da recessão”. (AE)

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https://www.osul.com.br/piora-no-ambiente-politico-impede-ajuste-das-contas-publicas/ Piora no ambiente político impede ajuste das contas públicas 2015-08-31
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