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Política O governo precisará agir para conter crise de Renan Calheiros com dois líderes governistas; senador foi preterido na escolha da relatoria da CPI da Braskem e não esconde a irritação

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Senador ainda fez referência ao fim do mandato do presidente da Câmara no cargo. (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Interlocutores do governo Lula dizem que parece insuperável o mal-estar entre o senador Renan Calheiros (MDB) e seus colegas Otto Alencar (PSD-BA) e Jaques Wagner (PT-BA). Renan não esconde sua irritação por ter sido preterido na escolha da relatoria da CPI da Braskem, que investigará o desastre ambiental causado pela empresa em Maceió. Nos bastidores, ele credita a “derrota” aos dois parlamentares baianos.

O desconforto preocupa a articulação política do Palácio do Planalto, uma vez que Renan é aliado de primeira ordem do presidente Lula e os outros dois são líderes. O alagoano garante aos mais próximos que não há risco de romper com o Planalto. Mas o diálogo dele com Otto, que comanda a bancada do PSD no Senado, e com Wagner, líder do governo na Casa, precisará ser azeitado.

Renan é o autor do pedido da CPI. É praxe o requerente ocupar a presidência ou relatoria do colegiado. O comando, porém, ficou com o senador Omar Aziz (PSD-AM), que rifou Renan e entregou a vaga de relator para o petista Rogério Carvalho (SE).

Durante a sessão do colegiado, Otto Alencar endossou a decisão de Aziz de dispensar Renan e dar a relatoria para Carvalho. Aliados do senador alagoano lembram que Alencar e Wagner são do Estado da Novonor, sócia majoritária da Braskem.

Aziz afirmou que não escolheria Renan por ele ser de Alagoas, para evitar eventuais suspeitas de contaminação política da relatoria por interesses locais. Na prática, o governo temia que Renan pudesse causar desgaste a seu rival político local, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Relatoria

Frustrando os planos do senador Renan Calheiros (MDB-AL), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem, instaurada no Senado em dezembro escolheu Rogério Carvalho (PT-SE) como relator do colegiado, em uma vitória para o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

“A minha designação como relator, expressão da correlação política que havia, indicava no sentido do aprofundamento dessa investigação. Lamentavelmente, impediram a minha designação. O que significa dizer que a CPI trilha caminhos diferentes”, disse Renan.

Interlocutores do senador também mencionam que a saída dele também se deve ao trabalho feito pelo governo e o seu líder no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), que é do mesmo Estado originário da Novonor, sócia majoritária da Braskem — mineradora responsável pela tragédia em Maceió.

Na ocasião, o presidente da CPI justificou a escolha por Carvalho por entender que era preciso haver uma “pessoa isenta” para fazer a relatoria dos trabalhos da comissão e pediu a compreensão de Renan.

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