Quinta-feira, 15 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 10 de abril de 2016
A uma semana da votação do impeachment na Câmara dos Deputados, a presidenta Dilma Rousseff e seu padrinho político, Luiz Inácio Lula da Silva, já fazem planos para “refundar” o governo com outros ministros, nova política econômica e uma agenda que amplie a oferta de crédito no País. Embora o desfecho da crise seja imprevisível, o Palácio do Planalto acelera as negociações de última hora e ainda acredita ter votos para impedir o afastamento de Dilma e “começar de novo”.
É de autoria de Lula, mesmo com a nomeação suspensa na Casa Civil, o plano de “sobrevivência” da presidenta. Na lista das medidas em estudo para reerguer o governo sitiado constam o anúncio de mais um reajuste para o programa Bolsa Família, a expansão da oferta de crédito, maior tributação para o “andar de cima” e novos investimentos na construção civil, setor com potencial de elevar rapidamente o nível de emprego no País.
A meta é promover o crescimento, resgatar a confiança dos mais pobres, neste ano de eleições municipais, e garantir a governabilidade. “Não é o mercado que vai votar na gente. É o andar de baixo”, disse Lula a Dilma e a ministros. Na prática, a ideia do ex-presidente é reunir forças políticas em torno de diretrizes para um “novo governo” e ampliar a reforma ministerial. (AE)