Quinta-feira, 01 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 19 de dezembro de 2023
A previsão é que a homologação do plano ocorra em janeiro, após o recesso do Poder Judiciário.
Foto: ReproduçãoA Americanas aprovou seu plano de recuperação judicial nesta terça-feira (19), em Assembleia Geral de Credores (AGC), com o apoio de mais de 90% dos votantes. Agora, a previsão é que a homologação do plano ocorra em janeiro de 2024, após o recesso do Poder Judiciário.
Em 11 de janeiro deste ano, a empresa divulgou que havia identificado “inconsistências em lançamentos contábeis” nos balanços corporativos, em um valor que chegaria a R$ 20 bilhões. O então presidente da Americanas, Sergio Rial, decidiu deixar o comando da companhia e o escândalo iniciou um processo de derretimento de uma das maiores varejistas do Brasil.
Ao todo, 91,14% dos credores disseram sim para o processo de recuperação judicial. Esses apoiadores representam 97,19% da dívida da Americanas. A empresa entrou com um pedido de recuperação judicial em janeiro, na 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, mas precisava dessa aprovação para começar a valer.
Em nota após a votação, o CEO da Americanas, Leonardo Coelho, destacou que o plano cria um “caminho bem pavimentado para a reconstrução operacional e financeira” da varejista.
“Foco total na operação para levar a melhor experiência de consumo a nossos milhares de clientes e seguir contribuindo com o impacto econômico e social de norte a sul do País”, disse.
A primeira versão do plano foi apresentada em março. Na madrugada desta terça, a empresa já havia afirmado que Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco da Amazônia e outros credores aceitaram um acordo para apoiar o plano de recuperação.
Com isso, a Americanas chegou ao dia de avaliação com adesão de “parcela significativamente superior a 60% da dívida da companhia”.
BB e Caixa estão entre as instituições que confirmaram a informação e votaram sim para o plano. Puderam votar na assembleia desta terça os credores da classe 3 (quirografários), que incluem fornecedores e investidores. Eles representam a maior parte da dívida da varejista.
A Americanas ainda anunciou algumas mudanças feitas no texto inicial de recuperação judicial. A empresa também estabeleceu os critérios referentes ao preço de emissão de novas ações no aumento de capital previsto no plano.
De acordo com a companhia, ficou estabelecido que, com base no cálculo proposto, o preço deve ser de cerca de R$ 1,30 por ação. Esse preço só será válido se o plano de recuperação judicial da empresa for aprovado nesta terça-feira e após ter sido submetido à Assembleia de Acionistas da companhia.