Por Redação O Sul | 2 de maio de 2025
O pacote que financia as atividades agropecuárias do País deve ser anunciado em junho
Foto: Getty ImagesO ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar Paulo Teixeira disse nesta sexta-feira (2) que o governo federal deve se reunir este mês com representantes do agro brasileiro para discutir detalhes e fontes de recursos para o novo Plano Safra 2025/2026.
O pacote que financia as atividades agropecuárias do País deve ser anunciado em junho. Em visita à Agrishow, maior feira de tecnologia agrícola do Brasil, que terminou nesta sexta em Ribeirão Preto (SP), Teixeira afirmou o objetivo é garantir que o plano bata um novo recorde e supere o crédito do ano passado, quando mais de R$ 400 bilhões foram concedidos à agricultura empresarial.
Instituições como a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) e a própria direção da Agrishow devem ser convidadas para as conversas, de acordo com o representante do governo federal.
“Estamos aqui hoje conversando no sentido de estabelecer um mecanismo de discussão sobre o próximo Plano Safra. O próximo Plano Safra vai ser lançado em junho e já estamos estabelecendo um calendário de conversas para organizar o fundo que vai financiar o novo Plano Safra. O que a gente tem é que corresponder a esse crescimento da agricultura brasileira. Os planos anteriores, de 2023 e 2024, foram recordes, e a gente espera que em 2025 seja recorde igualmente”, disse.
O ministro ainda mencionou que, ao longo dessas discussões, também serão abordadas estratégias para driblar a elevada taxa de juros, que encarece o acesso ao crédito – a taxa Selic atualmente está em 14,25%. Como exemplos, ele citou juros de até 3% para linhas agroecológica e para produção de alimentos.
“Estamos começando o debate sobre ele [o Plano Safra] e que ele tenha uma capacidade de subsídio para compra de máquinas, porque esses juros do Banco Central são juros muito altos para quem for comprar máquina.”
Em passagem anterior pela feira no interior de São Paulo, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) já havia mencionado a disposição do governo em ampliar os créditos para aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas, bem como a necessidade de garantir recursos extras para equalizar os juros.
O estímulo com o novo pacote de crédito, segundo Teixeira, vai ao encontro da necessidade de o Brasil ampliar sua capacidade de produção de alimentos, diante de um cenário internacional favorecido pelas tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos Donald Trump.
Segundo o IBGE, a expectativa é de que o Brasil produza 323,8 milhões de toneladas em cereais, leguminosas e oleaginosas, o que representa 10,6% a mais com relação a 2024.
“O Brasil tem a maior agricultura, uma das maiores agriculturas tropicais do mundo, e nessa guerra comercial que se estabeleceu com a eleição do Trump, o que vai acontecer é que a agricultura do Brasil passa a ser a agricultura mais desejada do mundo.” As informações são do portal de notícias g1.
