Quarta-feira, 15 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 12 de maio de 2015
Doze supostos assaltantes de banco, entre eles três adolescentes, foram mortos pela PM (Polícia Militar) quando já estavam rendidos e sem condições de reagir. Quase três meses após o caso que ficou conhecido como “chacina de Cabula”, o MP (Ministério Público) da Bahia denunciará à Justiça os policiais envolvidos no caso. A informação foi divulgada nesta terça-feira pelo órgão.
Responsável pela investigação, o promotor David Gallo adiantou que a ação criminal “descartará totalmente” a tese sustentada pelos agentes de que houve um auto de resistência — quando o suspeito é morto ao reagir à ação da polícia. A ação será assinada pelos seis promotores responsáveis pelo caso, de acordo com Gallo.
Os jovens foram mortos pela polícia em fevereiro, no bairro do Cabula, em Salvador. Segundo a PM, eles eram suspeitos de planejar um ataque a um caixa eletrônico e, ao serem surpreendidos, reagiram e acabaram mortos. Outros seis suspeitos ficaram feridos. O caso ganhou repercussão dentro e fora do País, já que todos os mortos eram negros e só dois tinham passagem pela polícia.
“Os laudos cadavéricos, a trajetória dos tiros e exame do local do crime apontam que houve prática de homicídio. Foi uma ação ilegítima dos policiais”, defende o promotor. A apuração do MP foi concluída na última sexta-feira e foi baseada em depoimentos de testemunhas e laudos periciais. (Folhapress)