Sexta-feira, 29 de março de 2024
Por Redação O Sul | 22 de novembro de 2017
A polícia alemã recuperou na segunda-feira (20) diários e outros objetos pessoais de John Lennon. Os itens estavam sob posse de um homem de 58 anos, preso em Berlim ao tentar comercializá-los. Os pertences foram roubados em 2006 da viúva de Lennon, Yoko Ono, em Nova York (EUA), e foram apreendidos como prova, explicou Martin Steltner, porta-voz da procuradoria de Berlim.
O detido, não identificado, está sob vigilância e é suspeito de fraude e posse de bens roubados. Há outro suspeito, residente na Turquia, que é “inalcançável para nós atualmente”, disse Steltner em uma gravação publicada no Twitter. Entre os bens roubados há “vários objetos de John Lennon, incluindo vários diários escritos por ele”, apontou Steltner.
Os objetos apareceram na capital alemã há cerca de 3 anos e foram confiscados este ano no contexto de uma investigação. Não está claro quando serão devolvidos. Lennon, compositor junto a Paul McCartney de alguns dos maiores sucessos dos Beatles, como “Help” e “With a Little Help from My Friends”, foi assassinado em Nova York em 1980. Desde então, seus pertences se tornaram objetos de coleção.
Exposição de fotos
Entre a cruz e a câmera fotográfica, o filho de John, Julian Lennon, escolheu a segunda opção. Pelo menos por um tempo, o artista, que será sempre conhecido (e “crucificado”, segundo ele) por ser filho de John Lennon, se dedica pouco a cantar e muito a uma arte que rende menos comparações com o pai. Aos 54 anos, ele lançou, em São Paulo duas exposições de fotos – a primeira mostrava uma viagem à Ásia e outra retratava amigos famosos nos bastidores de turnês.
Julian contou sobre o “alívio” que achou na fotografia, sobre a jornada que rendeu a série de fotos em países asiáticos “Cycle”, e sobre o trabalho filantrópico na White Feather Foundation. O nome da fundação (“pena branca”) vem de uma frase dita pelo pai. Antes de morrer, John teria dito ao pequeno Julian que tudo ficaria bem, e que um sinal disso seria dado por uma pena branca.
Anos depois, em viagem à Austrália na turnê do disco “Photograph smile” (1998, já sem o sucesso dos anos 1980 de hits como “Too late for goodbyes”), um desavisado aborígene ofereceu uma pena branca ao filho do beatle. A história meio surreal, que até lembra uma cena famosa do filme “Forrest Gump”, inspirou trabalho sério de ativismo ambiental e social da fundação. A ação se mistura às fotos de “Cycle”, muitas em áreas pobres do mundo.
“Agradeço por ter encontrado a fotografia. Por trinta anos eu tenho sido crucificado pela indústria musical e por críticos por soar como o meu pai, parecer com meu pai ou com os Beatles. Quando eu achei a fotografia, foi um alívio de muitas formas.”
“Não que eu tenha desistido da música. Estou dando só dando uma pequena parada. E felizmente eu achei isso (a fotografia) como uma maneira de seguir em frente, assim como a Fundação (White Feather). Claro que na primeira exposição teve ansiedade, ataques de pânico, estresse, nervosismo, porque por três dias eu estava tremendo, achando que iam me crucificar de novo. ‘Aí está outro cantor que acha que é um fotógrafo, e blá blá blá.'”