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Brasil Polícia brasileira mata em 6 dias o mesmo que a britânica em 25 anos

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Policiais contém manifestante em São Paulo. (Foto: Anderson Gores/Folhapress)

Diariamente, ao menos nove pessoas morrem em decorrência de intervenções policiais no Brasil, de acordo com dados do 10º Anuário de Segurança Pública divulgado nesta sexta-feira (28). Realidade completamente oposta têm os países europeus. Um levantamento feito pelo jornal britânico “Guardian” em 2015 registrou 55 disparos fatais na Inglaterra e no país de Gales entre 1990 e 2014, entre uma população de 56 milhões de pessoas (equivalente à soma dos Estados de São Paulo e Paraná).

A cada seis dias, o número de mortos pela polícia no Brasil se iguala a essa marca atingida em duas décadas e meia no Reino Unido. A Islândia, uma gélida ilhota no norte do continente, tem um recorde ainda mais invejável. Em 72 anos apenas uma pessoa morreu por um disparo policial. O país tem cerca
de 320 mil habitantes (menos do que Jundiaí, em São Paulo).

De tão inusitada, a única vítima policial na Islândia tornou-se notícia, em 2013. A polícia em seguida pediu desculpas à família do atirador, que havia disparado contra as forças de segurança.

Segundo os estudos de Paul Hirschfield, professor de sociologia na Universidade Rutgers (EUA), uma das explicações para a baixa mortalidade por disparos policiais na Europa se deve ao fato de que parte
das forças de segurança não estão armadas nesse continente. A maior fração da polícia do Reino Unido, por exemplo, não carrega armas.

“A polícia é forçada a encontrar saídas não letais, o que lhe dá mais legitimidade”, disse. “O público vê os policiais como funcionários, e não inimigos.”

Também é relevante que o treinamento policial seja longo e centralizado (três anos na Noruega, afirma), reforçando as instruções sobre o uso das armas de fogo. “Os policiais europeus são treinados como profissionais.”

Hirschfield aponta que a Convenção Europeia de Direitos Humanos, que entrou em vigor em 1953, condena toda a violência policial extrema. O texto da convenção diz que o uso de força potencialmente letal está restrito a um conjunto bastante restrito de circunstâncias. Em resumo: apenas quando for necessário para proteger uma vida.

No Brasil, os policiais também são alvos de assassinatos. Segundo o anuário, elaborado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, ao menos um é morto diariamente durante o expediente ou fora dele. (Folhapress)

tags: polícia

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