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Por Redação O Sul | 28 de outubro de 2015
A Polícia Civil, em conjunto com a CGU (Controladoria-Geral da União), deflagrou na manhã desta quarta-feira (28) uma operação para combater crimes contra a administração pública e fraude em licitações no Rio Grande do Sul. A investigação começou em fevereiro deste ano. Foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão em Porto Alegre, Bagé, Pelotas, Alvorada e Candiota. As buscas ocorreram na CGTEE (Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica), subsidiária da Eletrobras; residências de funcionários públicos e empresas prestadoras de serviços.
Cem agentes participaram da ação, batizada de Antracito. Segundo a Polícia Civil, a fraude ocorre pelo menos desde 2012 por meio de pagamentos para empresas fantasmas, superfaturamento de valores em contratos suspeitos e licitações dirigidas na CGTEE. A corporação informou que a operação de hoje não teve prisões porque entendeu que não havia requisitos suficientes para isso.
“Uma das supostas empresas que vendeu para a CGTEE, negociação com um valor bastante significativo, na verdade trata-se de uma casa humilde em Alvorada”, afirmou o delegado Joerberth Pinto Nunes, titular da Delegacia Fazendária. Durante a ação, foram apreendidos documentos referentes a compras e contratação de serviços pela subsidiária, que serão analisados pela Delegacia Fazendária da Polícia Civil. O valor do prejuízo financeiro ainda será calculado.
O diretor financeiro da empresa, Clovis Ilgenfritz, negou as irregularidades na companhia. “Isso é pura cena de setores que querem aparecer e prejudicar a Eletrobras”, declarou.