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Mundo Polícia de Londres diz que assassinato de deputado a facadas foi ato terrorista ligado a extremismo islâmico

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David Amess, de 69 anos, do Partido Conservador, chegou a receber atendimento no local, mas não resistiu. (Foto: Twitter/Reprodução)

O assassinato do parlamentar conservador britânico David Amess, que morreu na sexta-feira após ser esfaqueado diversas vezes, foi classificado pela polícia do Reino Unido como um ato terrorista.

Amess foi atacado enquanto fazia uma reunião com eleitores em uma igreja metodista em Leigh-on-Sea, no condado de Essex, no Sudoeste da Inglaterra. Sua morte gerou consternação em todo o espectro político britânico, e gerou preocupação com a segurança dos políticos dos políticos do país.

A polícia informou que um homem de 25 anos, que se acredita ser um britânico de ascendência somaliana, está sob custódia, preso sob suspeita de assassinato. Em um comunicado, a Polícia Metropolitana — também conhecida como Scotland Yard —informou que o incidente foi declarado oficialmente como terrorismo. A investigação inicial revelou “uma motivação potencial ligada ao extremismo islâmico”, disse a força.

Segundo as autoridades, a polícia está realizando buscas em dois endereços na área de Londres. Até o momento, a polícia acredita que o homem tenha agido sozinho. O secretário do Interior pediu para a polícia revisar os protocolos de segurança dos parlamentares.

Segundo parlamentar britânico a ser assassinado em pouco mais de cinco anos, David Amess chegou a receber tratamento de paramédicos na igreja, mas não resistiu aos ferimentos.

Casado e pai de cinco filhos, o correligionário do premier Boris Johnson tinha 69 anos e era parlamentar desde 1983. De acordo com o Guardian, os paramédicos tentaram ressuscitá-lo por um longo período e uma ambulância aérea chegou a ser deslocada para o local, mas não foi necessária.

Inicialmente, a polícia de Essex confirmou a morte de um homem, mas não deixou claro se seria ou não Amess. Contudo, o comissário Roger Hirst confirmou a identidade de Amess, que em 2015 recebeu da rainha Elizabeth o título de cavaleiro da Coroa britânica por seu serviço público.

“Ele foi tratado pelos serviços de emergência, mas lamentavelmente morreu na cena do crime”, disse a instituição, em um comunicado, afirmando que receberam um chamado de emergência por volta de 12h05 (8h05, hora de Brasília). “Um homem de 25 anos foi rapidamente preso após os policiais chegarem na cena do crime por suspeita de homicídio, e uma faca foi recuperada.”

Várias autoridades, tanto conservadoras quanto trabalhistas, lamentaram a morte do político da ala direita do partido governista, notório por suas visões eurocéticas e por seu apoio ao Brexit. A bandeira britânica foi posta a meio-mastro em Downing Street, a sede do governo, e no Parlamento.

“Os nossos corações estão cheios de choque e tristeza pela morte de David Amess”, disse em uma nota o premier Boris Johnson, que saiu de uma reunião em Bristol para retornar às pressas para Londres após o assassinato. Segundo o premier, seu “colega querido” era uma das “melhores emais gentis pessoas na política” e “acreditava com paixão neste país em seu futuro”.

Ataque contra a democracia

Vários integrantes do Gabinete, como o vice-premier Dominic Raab e os secretários Sajid Javid, da Saúde, e Rishi Sunak, das Finanças, fizeram declarações lamentando a morte. O líder trabalhista, Keir Starmer, por sua vez, emitiu um comunicado afirmando que este é um dia “triste e chocante”, afirmando que o país precisa se unir para “mostrar mais uma vez que a violência, intimidação e ameaças à democracia vão prevalecer”.

Todos os ex-premieres vivos — John Major, Tony Blair, Gordon Brown, David Cameron e Theresa May — emitiram notas similares:

“David e eu chegamos juntos no Parlamento em 1983”, disse o trabalhista Blair. “Mesmo de lados opostos do espectro político, sempre o considerei um colega cortês, decente e agradável que era respeitado por toda a Câmara dos Comuns. É um dia terrível e triste para a democracia.”

O esfaqueamento traz ecos de outros crimes contra parlamentares britânicos nos últimos anos: em 2010, Stephen Timms, outro conservador, foi esfaqueado. O mais notório, contudo, foi o assassinato da trabalhista Jo Cox, em 2016, morta a tiros a uma semana do referendo em que o Reino Unido votaria pelo Brexit.

Ela foi morta por um homem de extrema direita enquanto saía de uma reunião com eleitores em West Yorkshire. Ao atacá-la, ele gritou “Reino Unido em primeiro lugar”, um dos slogans do movimento pela saída do bloco europeu. O responsável pelo crime, Thomas Mair, foi condenado à prisão perpétua.

“Um ataque aos nossos representantes eleitos é um ataque à democracia em si”, escreveu no Twitter Brendan Cox, marido da parlamentar assassinada, após a notícia da morte de Amess. “Não há desculpa, não há justificativa. É algo muito covarde.”

Em nota, o príncipe William e a princesa Catherine afirmaram estar “chocados e entristecidos pelo assassinato de Sir David Amess, que dedicou 40 anos de sua vida a servir à sua comunidade.”

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