Por Redação O Sul | 21 de dezembro de 2023
Pelo menos 15 pessoas foram mortas durante um tiroteio na República Tcheca nessa quinta-feira (21), incluindo 14 pessoas da Universidade Charles, em Praga, e o pai do suspeito, disseram as autoridades. Outras 24 pessoas ficaram feridas na universidade.
O atirador, um estudante de história mundial de 24 anos na Universidade Charles, também morreu. Primeiro, ele matou o pai na casa da família, na cidade de Kladno, nos arredores de Praga, disse Radek Jiroudek, policial da Interpol de Praga, em entrevista. O homem se matou após o tiroteio no centro de Praga.
O chefe da força policial nacional, Martin Vondraska, disse que o agressor “foi inspirado por um acontecimento terrível semelhante no estrangeiro”. Ele não especificou onde.
O ataque foi perpetrado em um edifício universitário no centro da capital da República Tcheca, Praga. O homem foi “eliminado”, informou a polícia. “O homem armado foi eliminado! O edifício está sendo evacuado neste momento, e há vários mortos e dezenas de feridos no local”, informou a polícia na rede social X (antigo Twitter).
O governo declarou um dia de luto em todo o país no sábado (23) para lembrar as vítimas. O presidente do país, Petr Pavel, comentou o ocorrido e disse estar triste e com raiva.
“Gostaria de expressar as minhas sinceras condolências a todos os familiares das vítimas, a todos os que estiveram presentes neste trágico incidente, o mais trágico da história da República Tcheca”, afirmou.
Pessoas acenderam velas em frente à sede histórica da Universidade Charles, a mais antiga da Europa Central, fundada em 1348.
Os crimes com armas de fogo são relativamente raros na República Tcheca. Em dezembro de 2019, um homem armado matou seis pessoas na sala de espera de um hospital na cidade de Ostrava, no leste do país, antes de fugir e cometer suicídio.
“Sempre pensamos que isto [tiroteios em massa] era algo que não nos dizia respeito. Agora acontece que, infelizmente, o nosso mundo também está mudando e o problema com atiradores estão emergindo aqui também”, disse Bohuslav Svoboda, prefeito de Praga.
O ministro do Interior de Praga, Vit Rakusan, disse nas redes sociais que o tiroteio dessa quinta-feira foi “sem precedentes” na história da República Checa. “Quero expressar minhas sinceras condolências às famílias e entes queridos de todas as vítimas do tiroteio”, disse ele. Ele também disse que não havia indicação de que um segundo atirador estivesse envolvido.
A praça palco do ataque foi batizada em nome de Jan Palach, um estudante de 20 anos que ateou fogo a si mesmo em 1969 para protestar contra a ocupação soviética da Checoslováquia. Ele morreu três anos depois e se tornou um mártir da luta contra o comunismo no país. Ele era estudante da Universidade Charles. As informações são dos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, do portal de notícias G1 e de agências de notícias internacionais.
