Sábado, 25 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 8 de maio de 2021
Dinheiro estava escondido com uma passageira que ia para Belém e fez conexão na capital.
Foto: Divulgação/PFUma mala contendo R$ 370 mil foi apreendida pela Polícia Federal (PF), nesta sexta-feira (7), no Aeroporto Internacional de Brasília. A apreensão aconteceu após uma ação conjunta entre a polícia e a Receita Federal do Brasil.
Segundo a PF, a dona da mala tem 26 anos e é natural de Belém (PA). Ela estava em um voo que vinha de São Paulo, com destino à capital paraense, e fez conexão em Brasília. A mulher não apresentou documentos que comprovassem a origem do dinheiro, que estava guardado em pequenos sacos plásticos, por isso a quantia foi apreendida pela polícia federal.
A mulher suspeita foi liberada para seguir viagem sem as cédulas, para seu destino final, a capital paraense. A Polícia Federal analisa a eventual ocorrência de crime de lavagem de dinheiro.
O advogado Karlos Gad Gomes, especialista em direito penal, explica que é necessária uma investigação policial para verificar a origem desta quantidade de dinheiro. No entanto, todo cidadão e cidadã brasileiros são livres para andarem com seus bens dentro do território nacional. “Porém, uma quantia dessa não é usual, então, foi apreendida para serem investigados possíveis crimes”, pondera Karlos Gomes.
Sobre uma eventual prisão da passageira, só seria possível caso fosse comprovado o crime de lavagem de dinheiro, conforme prevê a lei Nº 9.613, de 1998.
“A mulher não pode ser presa, pois não houve flagrante. Mas ela deverá explicar e provar a origem do dinheiro numa investigação formal. Caso seja comprovado o crime de lavagem de capitais, a mulher poderá incorrer numa pena de três a 10 anos, que é o crime de ocultar ou simular a origem ilícita de bens. Se ela fizer parte de uma organização criminosa, a pena pode ser aumentada”, explica o advogado Gomes.
A apreensão foi realizada no dia 24 de abril, mas a Polícia Federal só divulgou o caso nesta sexta-feira (7). Segundo a corporação, a passageira não apresentou documentos que comprovassem a origem do dinheiro, portanto, os valores ficaram apreendidos. A mulher prestou depoimento à Polícia Federal e foi liberada em seguida.