Segunda-feira, 16 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 3 de março de 2017
A PF (Polícia Federal) deflagrou, na manhã desta sexta-feira (03), a segunda fase da Operação Research, que apura uma fraude milionária no repasse de bolsas e de auxílios à pesquisa na UFPR (Universidade Federal do Paraná). Segundo as investigações, pessoas que não têm ligação com a instituição, como um motorista e um cozinheiro, receberam recursos públicos.
Cerca de 50 policiais federais, além de servidores do TCU (Tribunal de Contas da União) e da CGU (Controladoria-Geral da União), cumprem 19 mandados judiciais em cidades de quatro Estados: Curitiba, no Paraná; Campo Grande, no Mato Grosso do Sul; Sorocaba, em São Paulo; e Erechim, no Rio Grande do Sul.
Dos 19 mandados judiciais, seis são de busca e apreensão, cinco de prisão temporária e oito de condução coercitiva. Nessa nova fase, também são cumpridos mandados de condução coercitiva contra outros três supostos beneficiários, antes desconhecidos da investigação, além de outros suspeitos de envolvimento no esquema fraudulento.
Primeira fase
A primeira fase da Operação Research, que apura o desvio de pelo menos R$ 7,3 milhões da universidade, foi deflagrada em 15 de fevereiro. Vinte e oito pessoas foram presas temporariamente. Dois dias depois, 26 delas foram soltas. De acordo com o juiz federal Marcos Josegrei da Silva, da 14ª Vara Federal de Curitiba, tudo o que se pretendia esclarecer em relação a elas havia sido feito e, portanto, não havia justificativa para que seguissem presas.
A secretária da pró-reitoria de Planejamento e Orçamento, Tânia Márcia Catapan, e Conceição Abadia de Abreu Mendonça, que é chefe do setor de Orçamento e Finanças do mesmo setor, apontadas como as principais responsáveis pelo desvio milionário, continuam presas. De acordo com as investigações, os beneficiários do esquema de desvio dos recursos públicos faziam parte do “círculo de amizades” de Tânia e de Conceição.