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Política Polícia Federal descarta que a atuação da deputada federal licenciada Carla Zambelli na Itália tenha se concretizado em ações efetivas de obstrução de Justiça

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Por ter dupla cidadania, Zambelli deixou o Brasil, em maio deste ano, após ser condenada pelo STF. (Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados)

A Polícia Federal (PF) descartou que a atuação da deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) na Itália tenha se concretizado em ações efetivas de obstrução de Justiça. A informação consta em um relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) na última sexta-feira (19), no inquérito na Corte que apura a suposta prática dos crimes de coação e obstrução criminal que envolva organização criminosa.

A informação foi enviada pela PF ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que é relator do inquérito no qual Zambelli é investigada pelos crimes de coação no curso do processo e obstrução de investigação.

O inquérito foi aberto em junho após a deputada fugir para a Itália para escapar da condenação pelo STF a 10 anos de prisão pela invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ocorrido em 2023.

Ao determinar o início da investigação, Moraes citou publicações de Zambelli nas redes sociais e disse que a deputada pretendia adotar o “mesmo modus operandi” utilizado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados unidos, para a “prática de condutas ilícitas”.

Antes de ser presa na Itália, Zambelli viajou para os Estados Unidos e passou a fazer postagens com críticas a Moraes.

Na avaliação da delegada responsável pelo caso, apesar de Zambelli ter dito que pretendia ir para a Itália promover atos de obstrução de Justiça, as declarações não resultaram em ações efetivas.

“Embora a intenção de frustrar a aplicação da lei penal tenha sido verbalizada, o comportamento de Carla Zambelli, salvo melhor juízo, não ultrapassou o campo da retórica, inexistindo prova de efetivo êxito na adoção de expedientes, contatos, articulações ou providências aptas a comprometer o regular andamento de ação penal”, diz o relatório.

As conclusões da PF serão analisadas pelo ministro. Moraes poderá arquivar o inquérito, pedir novas diligências à PF ou enviar o caso para a Procuradoria-Geral da República (PGR).

Fuga

Por ter dupla cidadania, Zambelli deixou o Brasil, em maio deste ano, após ser condenada pelo STF.

De acordo com o processo que resultou na condenação, Zambelli foi a autora intelectual da invasão do sistema do CNJ para emissão de um mandato falso de prisão contra Alexandre de Moraes. Segundo as investigações, o hackeamento foi executado por Walter Delgatti, que também foi condenado e confirmou ter realizado o trabalho a mando da parlamentar.

Após a fuga para a Itália, o governo brasileiro solicitou a extradição da deputada para o Brasil. O pedido de extradição de Carla Zambelli foi oficializado no dia 11 de junho pelo ministro. Em seguida, o pedido foi enviado pelo Itamaraty ao governo italiano. As informações são da Agência Brasil.

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