Sexta-feira, 29 de março de 2024
Por Redação O Sul | 5 de fevereiro de 2016
O delegado da PF (Polícia Federal) Marlon Cajado informou à Justiça Federal em Brasília que há um inquérito em curso para investigar a eventual participação do ex-presidente Lula e de outros agentes públicos no suposto esquema de compra de medidas provisórias.
Cajado sustenta que a apuração é necessária para identificar se outros servidores, além dos já denunciados, foram “corrompidos e estariam associados a essa organização criminosa ou se esta estaria vendendo fumaça, vitimando-os e praticando tráfico de influência com relação aos mesmos”, justificou.
Além de Lula, ele exemplifica os casos dos ex-ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-geral), Erenice Guerra (Casa Civil), Nelson Machado (Previdência), assim como o do secretário-executivo do Ministério da Fazenda Dyogo Oliveira, entre outros.
A informação consta em um ofício enviado ao juiz Vallisney de S. Oliveira, responsável pela ação penal oriunda da Operação Zelotes.
O documento é uma resposta a um pedido de esclarecimentos feito pelos advogados dos réus. Eles acusavam a PF de manter um inquérito paralelo sobre os fatos investigados, mesmo após a instauração do processo judicial.
Cajado refutou a tese da defesa. Disse que concluiu a parte da investigação sobre a atuação da ex-assessora da Casa Civil Lytha Spíndola e do ex-diretor de Comunicação Social do Senado Fernando Mesquita. (Folhapress)