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Polícia Polícia Federal e Receita realizam operação contra fraudes com criptomoedas na Serra Gaúcha

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Foram cumpridos oito mandados de prisão e 19 de busca e apreensão em Caxias do Sul, São Paulo, Fortaleza e Brasília

Foto: PF/Divulgação
Foram cumpridos oito mandados de prisão e 19 de busca e apreensão em Caxias do Sul, São Paulo (SP), Fortaleza (CE) e Brasília (DF). (Foto: PF/Divulgação)

A PF (Polícia Federal) e a Receita Federal deflagraram, na manhã desta terça-feira (10), a Operação Niflheim para desarticular três grupos criminosos que atuam no mercado de criptoativos, suspeitos de lavagem de dinheiro e do envio de divisas para o exterior, tendo como principais destinos os Estados Unidos, Hong Kong, Emirados Árabes e China. Duas empresas da Serra Gaúcha movimentaram mais de R$ 34 bilhões de forma irregular.

Centro e trinta policiais federais e 20 servidores do Fisco cumpriram oito mandados de prisão e 19 de busca e apreensão em Caxias do Sul (RS), São Paulo (SP), Fortaleza (CE) e Brasília (DF). Sete pessoas foram presas.

A Justiça Federal determinou o bloqueio de valores em contas bancárias e criptomoedas dos investigados no total de mais de R$ 9 bilhões, além do arresto de veículos e imóveis.

A investigação iniciou em setembro de 2021 e identificou que a atuação dos grupos criminosos contemplaria diversas camadas de operações financeiras. A partir da origem ilícita dos recursos, principalmente de “clientes” do tráfico de drogas e do contrabando, os grupos investigados se utilizariam de empresas de fachada e de outros mecanismos para dificultar o rastreamento do dinheiro pelas autoridades. Ao receber os valores, os grupos se encarregariam do envio dos recursos para o exterior por meio de criptoativos.

Desde o começo da investigação, todos os suspeitos movimentaram mais de R$ 55 bilhões. “Os três grupos alvos da Operação Niflheim atuam de forma organizada e mantêm relações entre si. Ao final da investigação, conforme as informações coletadas, poderão ser considerados como uma única organização criminosa. Os líderes dos grupos atuam a partir da cidade de Caxias do Sul e de Orlando (EUA). Os crimes investigados são lavagem ou ocultação de bens, crimes contra o sistema financeiro nacional, falsidade ideológica, associação criminosa, organização criminosa e crimes contra a ordem tributária”, informou a PF.

Mandados expedidos pela Justiça Federal:

Caxias do Sul: 5 mandados de prisão e 10 de busca e apreensão

São Paulo: 3 mandados de prisão e 4 de busca e apreensão

Fortaleza: 4 mandados de busca e apreensão

Brasília: 1 mandado de busca e apreensão

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