Quarta-feira, 14 de maio de 2025

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Geral Polícia Federal faz operação em três Estados, em investigação sobre venda de sentenças no Superior Tribunal de Justiça

Compartilhe esta notícia:

A operação foi autorizada pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF). (Foto: PF/Divulgação)

A Polícia Federal realizou, nessa terça-feira (13), buscas e apreensões para apurar suspeitas sobre a compra de decisões judiciais no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Esta é a quinta fase da Operação Sisamnes, que foca em um esquema de lavagem de dinheiro criado para dissimular a origem ilícita de supostas propinas usadas para as negociações.

O objetivo da operação é obter mais informações sobre os crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, mercado de câmbio clandestino, evasão de divisas e organização criminosa. A polícia diz ter identificado uma “rede financeira-empresarial de lavagem de dinheiro” criada para evitar uma vinculação entre o agente corruptor e o servidor público corrompido. Entre os alvos estão empresários ligados a essas empresas, além de operadores financeiros e casas de câmbio usadas para dissimular a origem dos recursos.

A operação foi autorizada pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF). Agentes foram mobilizados para o cumprimento de 11 mandados busca e apreensão, além do sequestro de bens e valores no montante aproximado de R$ 20 milhões. Por determinação do Supremo, os investigados estão proibidos de deixar o país. O ministro considerou haver indícios de empréstimos, dívidas e operações comerciais simuladas com o objetivo de viabilizar a devolução disfarçada de valores, caracterizando possível lavagem de dinheiro.

A medida autorizada por Zanin inclui a realização de buscas e apreensões de celulares, computadores, mídias e outros meios de prova, além de quebra de sigilo de dados telemáticos, inclusive em nuvem. A operação foi autorizada a partir de pedido da Polícia Federal, com parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Na última segunda-feira, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter preso o lobista Andreson de Oliveira Gonçalves, pivô do escândalo de venda de sentenças judiciais no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

“Há nos autos consideráveis elementos apontando no sentido de que Andreson de Oliveira Gonçalves tinha função decisiva de comando e ingerência no contexto de suposto esquema de venda de decisões judiciais e de informações processuais privilegiadas, que envolveria, em tese, intermediadores, advogados e servidores públicos”, pontuou o relator, Cristiano Zanin.

Em março, a PF realizou uma outra fase da operação Sisamnes com o objetivo de investigar obstrução de Justiça, corrupção e violação do sigilo profissional relacionada ao vazamento de informações sigilosas do STJ. A apuração identificou uma rede clandestina que monitorava e negociava o acesso privilegiado a essas informações consideradas sensíveis. Segundo a PF, a atuação do grupo envolvia atrapalhar operações policiais deflagradas após decisões do STJ.

Atuação de assessores

Mensagens apreendidas pela Polícia Federal na investigação mostram como teriam atuado assessores ligados a gabinetes de três ministros do STJ. Os ministros do STJ não são investigados. Um dos diálogos envolve uma citação a um servidor que exerceu cargo em comissão de chefe de gabinete da ministra do STJ Isabel Galotti.

O nome foi citado em conversas de janeiro de 2020 entre o lobista Andreson de Oliveira Gonçalves e o advogado Roberto Zampieri, morto em dezembro do ano passado, tratando de cobranças que estariam sendo feitas por uma suposta venda de sentença.

Andreson chegou a enviar a Zampieri uma petição que, segundo as investigações, correspondeu precisamente a uma decisão efetivada pela ministra Isabel Gallotti nos autos. A dupla comemorou. Zampieri foi morto a tiros em dezembro do ano passado no Mato Grosso. A partir da análise do celular dele, foi instaurada uma investigação Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e na Polícia Federal — que revelou indícios de um esquema de venda de sentenças no STJ. As informações são do jornal O Globo.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Geral

Cidade turística de São Paulo libera instalação de cassinos em hotéis
Suspeitos de fraudarem reconhecimento facial de contas de plataformas do governo federal são presos pela Polícia Federal
https://www.osul.com.br/policia-federal-faz-operacao-em-tres-estados-em-investigacao-sobre-venda-de-sentencas-no-superior-tribunal-de-justica/ Polícia Federal faz operação em três Estados, em investigação sobre venda de sentenças no Superior Tribunal de Justiça 2025-05-13
Deixe seu comentário
Pode te interessar