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Brasil Polícia Federal faz operação para desarticular esquema de superfaturamento na Paraíba

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Operação Pés de Barro foi ao Congresso Nacional.

Foto: Tânia Rego/Agência Brasil
O presidente é acusado de suposta tentativa de interferência na PF. (Foto: Tânia Rego/Agência Brasil)

A Polícia Federal deflagrou, na manhã deste sábado (21), a Operação Pés de Barro, cujo objetivo é desarticular organização criminosa dedicada à realização de pagamentos ilícitos e superfaturamentos de obras no sertão da Paraíba.

A operação conta com a participação de 80 policiais federais, que dão cumprimento a 13 mandados de busca e apreensão nas residências e locais de trabalho dos investigados, bem como 04 mandados prisão preventiva e 07 ordens de afastamento das funções públicas, nas cidades de João Pessoa (PB), Brasília (DF), Uiraúna (PB) e São João do Rio do Peixe (PB).

As ordens de busca e apreensão, prisão preventiva e suspensão do exercício de funções públicas foram expedidas pelo ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), tendo em vista a previsão constitucional de foro por prerrogativa de função de um dos investigados que ocupa o cargo de deputado federal.

A ação da Polícia Federal chegou a realizar busca e apreensão, na manhã deste sábado (21), no Congresso: um dos alvos da operação foi o deputado federal Wilson Santiago (PTB-PB).

Deputado Wilson Santiago (PTB-PB) é um dos alvos da operação. (Foto: Divulgação/Câmara dos Deputados)

Os investigados deverão responder pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro, fraude licitatória e formação de organização criminosa, cujas penas, somadas, ultrapassam 20 anos de reclusão.

Entenda o caso

As investigações apuram pagamentos de vantagens ilícitas decorrentes do superfaturamento das obras de construção da “Adutora Capivara”, a qual se trata de um sistema adutor que deve se estender do município de São José do Rio do Peixe (PB) ao município de Uiraúna (PB), no Sertão da Paraíba.

As obras contratadas, inicialmente, pelo montante de R$ 24.807.032,95 já teriam permitido, de acordo com as investigações, a distribuição de propinas no valor R$ 1.266.050,67.

O inquérito policial federal teve por base uma proposta de colaboração premiada, apresentada pela Polícia Federal e acolhida pelo Exmo. Ministro Relator no STF, cujos termos permanecem em sigilo.

Foi ainda determinada, pelo Poder Judiciário, a indisponibilidade de bens imóveis em nome dos investigados.
Tal medida tem por objetivo ressarcir os cofres públicos dos desvios apurados.

Crimes investigados

Os investigados deverão responder pelos crimes de peculato (art. 312 do Código Penal), lavagem de dinheiro (art. 1º da Lei 9.613/98), fraude licitatória (art. 90 da Lei 8.666/93) e formação de organização criminosa (art. 2º da Lei 12.850/2013).

Nome da operação

O nome da operação é uma alusão a um termo bíblico que serve para identificar, na vida pública, os falsos valores políticos, ou seja, os líderes carentes de méritos intrínsecos.

Nabucodonosor, antigo rei da Babilônia, teve um sonho interpretado pelo profeta Daniel no qual uma grande estátua de ouro, cobre e prata desmoronara por ter os pés de barro.

O termo “pés de barro”, então, passou a designar as riquezas cuja base não se sustenta do ponto de vista moral.

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https://www.osul.com.br/policia-federal-faz-operacao-para-desarticular-esquema-de-superfaturamento-na-paraiba/ Polícia Federal faz operação para desarticular esquema de superfaturamento na Paraíba 2019-12-21
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