Sábado, 03 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 30 de setembro de 2022
A Polícia Federal (PF) investiga se um político do Amazonas tentou comprar votos de estudantes com a promessa de pagar sua festa de formatura.
A investigação foi aberta depois que os policiais surpreenderam, na noite de quinta-feira (30), uma reunião em uma escola pública de São Paulo de Olivença, município a 991 quilômetros de Manaus. A aglomeração foi considera “suspeita”.
No auditório da escola, a PF interrompeu uma reunião com políticos locais, quatro professores e alunos de ensino médio. Panfletos e santinhos foram encontrados.
As pessoas no momento da abordagem disseram que estavam na escola porque um político que apresentava sua indicação de “chapa eleitoral” havia feito a promessa de pagar a festa de formatura dos adolescentes.
Cheques em jatinhos
A Polícia Federal (PF) apreendeu 87 cheques e R$ 34 mil em dinheiro vivo com cabos eleitorais de um candidato ao governo do Amazonas e de um candidato a deputado federal pelo Estado. O nome dos políticos não foi divulgado.
Os cheques, todos no valor de R$ 120, foram apreendidos nesta quinta-feira, com duas assessoras do candidato a governador no aeroporto de Coari, município a 363 quilômetros de Manaus. De acordo com a PF, além dos cheques, foram encontrados “diversos contratos genéricos de prestação de serviço” com a data do primeiro turno da eleição. Os cheques e os contratos estavam em dois jatinhos.
A Polícia Federal informou que abriu um inquérito policial e encaminhou as assessoras para prestarem depoimento ao delegado responsável.
Os R$ 34 mil em espécie foram apreendidos na noite de quarta-feira (28), com o irmão de um candidato a deputado federal. A PF recebeu um denúncia anônima e fez a abordagem quando ele estava saindo de casa, em um bairro da zona centro oeste de Manaus, com o dinheiro. A suspeita é de compra de votos. De acordo com a PF, a origem do dinheiro não foi comprovada.
“A Polícia Federal cumpriu a apreensão, que partiu do recebimento uma denúncia anônima no final da tarde de ontem, com informações de que o irmão do candidato a deputado federal estaria fazendo liberações de valores exorbitantes em dinheiro para líderes de partidos políticos para possível compra de votos”, informou a corporação.