Quinta-feira, 05 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 19 de agosto de 2021
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (19) a Operação “a Posteriori” para investigar supostas propinas a servidores do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) para que eles não fiscalizassem o processamento de produtos de origem animal.
Cerca de 12 policiais federais cumpriram mandados judiciais de busca e apreensão, expedidos pela 11ª Vara Federal Criminal, nas cidades de Goiânia e Palmeiras de Goiás (GO).
Segundo a PF, a investigação teve início em julho de 2018, por meio de denúncia encaminhada ao ministério sobre uma suposta atividade criminosa envolvendo servidores públicos agropecuários e um frigorífico da cidade de Palmeiras de Goiás. A operação investiga o recebimento ilícito de valores por parte de servidores públicos federais do Mapa. Também foi apurado que auditores fiscais da pasta emitiam certificados sanitários com data retroativa, sugerindo a falta de fiscalização “in loco” dos produtos de origem animal comercializados. Por causa disso, a operação de hoje foi batizada de Operação A Posteriori.
Ainda de acordo com os investigadores, levantamentos apontaram para uma evolução patrimonial incompatível com os rendimentos de um servidor público envolvido no caso, com a possível simulação de resultados a justificar os acréscimos da variação patrimonial.
“Constatou-se depósitos mensais suspeitos, que variavam de 5 mil a 10 mil reais entre os anos de 2018 a 2019. Tais valores representaram quase 50% da remuneração do cargo de Auditor Agropecuário do Mapa para o período”, informou a PF, em nota. Ao fim das investigações, os suspeitos podem responder por associação criminosa, corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro, crimes que somam mais de 10 anos de prisão.
Resposta
O Mapa divulgou uma nota sobre a operação: “A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (19), a Operação A POSTERIORI, que investiga suposto atos ilícitos praticados por servidor do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). De forma cautelar, o servidor já foi afastado de suas funções junto ao estabelecimento e o Mapa vinha investigando internamente o caso. O Ministério da Agricultura segue, agora, buscando informações mais detalhadas com a Polícia Federal e garante à população o funcionamento do sistema de certificação sanitária.” As informações são da Agência Brasil e do jornal O Estado de S. Paulo.