Domingo, 26 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 26 de fevereiro de 2016
A PF (Polícia Federal) abriu na sexta-feira um inquérito para apurar declarações de Mirian Dutra, que foi amante do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. A PF investigará se houve crime de evasão de divisas. A jornalista disse, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, que o ex-presidente custeou parte de despesas dela e do filho, Tomás, no exterior, por meio da Brasif, empresa que administrava free shops em aeroportos brasileiros. Mirian contou que foi contratada pela Eurotrade, que era da Brasif, por 3 mil dólares mensais, entre 2002 e 2006, mas que nunca trabalhou para os free shops.
Em nota, o ex-presidente disse que todas as suas operações financeiras internacionais foram feitas a partir de contas bancárias declaradas, com recursos próprios. “A empresa citada no noticiário já esclareceu que o presidente não teve qualquer participação na contratação da jornalista. Apesar de não haver nada de que possa ser incriminado e de o assunto ser de âmbito privado, o presidente prestará todos os esclarecimentos que se fizerem necessários.”
Segundo Dutra, o lobista Fernando Lemos acertou os detalhes da remuneração. A Brasif contratou os serviços da empresa de Lemos, a Polimidia, entre 1993 e 2010, período que abrange o tempo de FHC no Palácio do Planalto. Lemos, que faleceu em 2012, foi casado com a irmã de Mirian. Sob seu comando, a Polimidia floresceu na década de 1990 e se tornou uma das mais influentes empresas de gestão de crise da capital federal. (Folhapress)