Por Redação O Sul | 30 de julho de 2015
A PF (Polícia Federal) solicitou ao TCU (Tribunal de Contas da União) que forneça cópias dos processos relacionados à Usina Angra 3 em tramitação na Corte, além de todos os registros de entrada do advogado Tiago Cedraz e do seu primo, Luciano Araújo de Oliveira, no tribunal. O pedido foi enviado na quarta-feira.
Tiago é filho do presidente do TCU, ministro Aroldo Cedraz, e está sendo investigado por suspeita de recebimento de propina de empresas em troca de informações privilegiadas sobre matérias em tramitação na Corte.
O dono da construtora UTC, Ricardo Pessoa, que firmou um acordo de delação premiada com o MP (Ministério Público), afirmou em seus depoimentos que pagava 50 mil reais por mês a Tiago desde 2012. O empreiteiro contou ainda ter desembolsado 1 milhão de reais para que Tiago ajudasse na liberação do processo licitatório de Angra 3, analisado pelo TCU por indícios de irregularidades.
Conforme o jornal Folha de S.Paulo mostrou no dia 18 deste mês, investigadores da Operação Lava-Jato suspeitam que Aroldo repassou ao filho informações de um processo da usina que interessava diretamente à UTC.
Solidariedade
O outro personagem sobre quem a PF busca mais informações é Luciano, primo de Tiago. Ainda de acordo com os depoimentos de Pessoa, um dos pagamentos de suborno a Tiago foi feito por intermédio de Luciano.
Além de parentes, ambos integram quadros do partido Solidariedade. Tiago responde pela Secretaria de Assuntos Jurídicos da legenda, enquanto Luciano atua como tesoureiro da sigla. (Folhapress)
