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Por Redação O Sul | 22 de setembro de 2015
Na manhã de segunda-feira foi cumprido mandado de prisão preventiva – sem prazo determinado – contra José Antunes Sobrinho, um dos donos da Engevix, investigado na Operação Lava-Jato por ter pago 140 milhões de reais de propina da empresa para a Eletronuclear. Sobrinho foi preso em casa, em Florianópolis (SC), e chegou à sede da PF (Polícia Federal), em Curitiba (PR), no início da tarde. Esta nova etapa da Lava-Jato representa um avanço nas investigações da 15ª, 16ª e 17ª fases e está associada ao pagamento de propina a partir de contratos com a Eletronuclear.
Outro lobista preso na segunda-feira, João Augusto Rezende Henriques, apontado pela Lava-Jato como o maior operador de propina na Diretoria Internacional da Petrobras, se entregou na Superintendência da PF do Rio de Janeiro, no início da tarde. O mandado de prisão temporária contra ele foi expedido na 19ª fase da operação, deflagrada na manhã de segunda-feira.
A PF associa o nome de Henriques ao PMDB, uma vez que ele agiria como operador do partido. “Esse operador é investigado por intermediar o pagamento de propinas com destaque, especificamente, por um contrato de compra de navios-sonda pela Petrobras no valor de mais de 1,8 bilhão de dólares, em que a propina ultrapassa 30 milhões de dólares. Há um indicativo do envolvimento do PMDB, até por ser um partido que vem sendo mencionado quando se diz respeito à Diretoria Internacional”, disse o delegado Igor Romário de Paula.
A direção do PMDB afirma que jamais autorizou ninguém a agir como intermediário, lobista ou operador junto à Petrobras. (AG)