Terça-feira, 23 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 27 de outubro de 2016
A PF (Polícia Federal) deflagrou nesta quinta-feira (27) uma nova fase da Operação Acrônimo para investigar suspeita de pagamento de propina na contratação de uma empresa de publicidade pelos ministérios da Saúde, das Cidades e do Turismo durante o governo da ex-presidenta Dilma Rousseff.
De acordo com a PF, são cumpridos 20 mandados judiciais, sendo dez de busca e apreensão e dez condução coercitiva, nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, além do Distrito Federal.
“A operação está focada em dois inquéritos policiais que apuram eventos distintos da investigação. Um deles refere-se à cooptação e pagamento de vantagens indevidas para que empresa de publicidade elaborasse campanhas educativas do Ministério da Saúde, Ministério das Cidades e Ministério do Turismo nos anos de 2011 e 2012”, disse a PF em nota.
“O outro evento investigado nesta fase é fraude em licitação da Universidade Federal de Juiz de Fora, vencida pela gráfica de um dos investigados. Posteriormente, o Ministério da Saúde utilizou a mesma ata fraudada”, acrescentou.
Segundo a PF, um dos alvos desta nova fase da Acrônimo é Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, empresário suspeito de ligação com o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), que também é alvo da Acrônimo. Bené está em prisão domiciliar e é suspeito de ter omitido informações da PF. Ele foi conduzido coercitivamente para depor. Também foi alvo desta fase da operação Marcier Trombieri, ex-chefe de comunicação do Ministério da Saúde.
A operação foi deflagrada inicialmente em maio de 2015 para investigar suspeita de desvios de recursos públicos para a campanha de Pimentel ao governo de Minas. O petista foi ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior de Dilma. O governador mineiro foi denunciado em maio de 2016 pela Procuradoria-Geral da República por suspeita de conceder benefícios tributários em troca de propina quando era ministro.