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Notícias Polícia Federal terá de explicar porque cobriu nomes com tarjas pretas em notas

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Entre os nomes cobertos com tarjas pretas está o do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. (Foto: José Cruz/ABr)

A superintendência da PF (Polícia Federal) do Paraná terá de explicar porque cobriu com tarjas pretas os nomes de integrantes do primeiro escalão do governo Dilma Rousseff e de políticos nas interpretações sobre as notas escritas pelo empresário Marcelo Odebrecht em seu telefone celular.

Entre os nomes cobertos com tarjas estão o do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, do advogado-geral da União Luís Inácio Adams, do senador José Serra (PSDB-SP) e o do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, do PT.

Outros políticos – mesmo aqueles com foro privilegiado, como o vice-presidente da República Michel Temer e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB-SP) – foram mencionados textualmente no relatório que analisa o conteúdo das anotações do empresário.

Anexado aos autos da Lava-Jato, o relatório de análise da PF encontrou indicativos de que o dono da Odebrecht tentou deter o avanço da operação – o que a defesa do empresário negou.

As citações a políticos estão cifradas e o contexto das anotações capturadas no aparelho celular do empresário não permite compreender imediatamente porque Odebrecht mesclou as iniciais dos políticos em meio a anotações relacionadas à estratégia da companhia para conter os estragos provocados pela investigação sobre o esquema de corrupção na Petrobras.

FP (Fernando Pimentel, de acordo com a polícia) é citado em uma anotação, sem data, no celular do empresário ao lado de uma frase considerada enigmática pelo analista da Polícia Federal: “ela cai eu caio”.

Um e-mail do dia 9 de janeiro de 2013, 14 meses antes da eclosão da Operação Lava-Jato, tem o título “Pedido específico blindagem JEC”. O mesmo analista, que concluiu que JEC seria o ministro José Eduardo Cardozo, disse que “não é possível precisar qual seria a razão do pedido de blindagem”. O conteúdo do e-mail tampouco esclarece.

No mesmo e-mail há as anotações “Adiantar 15 p/JS”.

Na análise da PF, JS é José Serra, mas não há qualquer explicação sobre o significado da menção.

Adams, possível referência ao advogado-geral da União Luís Inácio Adams, é mencionado na mesma mensagem eletrônica.

No caso dele, segundo a polícia, o contexto estaria relacionado a uma discussão de créditos de uma produtora de etanol controlada pela Odebrecht em relação ao governo.

Outro lado

Por meio de nota, a assessoria do ministro José Eduardo Cardozo disse que não sabe do que se trata o e-mail encontrado no telefone de Marcelo Odebrecht.

Em nota, a assessoria do senador José Serra disse que ele “não tem a menor ideia do se trata”.

O subsecretário de Comunicação de Minas Gerais, Ronald Cavalcante, disse que o governador Fernando Pimentel não teria como comentar o caso por não conhecer nem por que as anotações foram feitas nem a razão da Polícia Federal ter concluído que FP seria Fernando Pimentel. (Folhapress) 

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https://www.osul.com.br/policia-federal-tera-de-explicar-porque-cobriu-nomes-com-tarjas-pretas-em-notas/ Polícia Federal terá de explicar porque cobriu nomes com tarjas pretas em notas 2015-07-22
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