Por Redação O Sul | 13 de janeiro de 2016
O velório da top model Raquel Pontes dos Santos, 28 anos, finalista do concurso Musa do Brasil, foi interrompido na terça-feira, para que o corpo fosse levado ao IML (Instituto Médico Legal) para investigação da causa da morte. A jovem morreu na noite de segunda-feira, após procedimento estético em uma clínica de Niterói (RJ).
Raquel, que representava Mato Grosso no concurso de beleza, morreu após se submeter a uma intervenção cirúrgica conhecida como “bigode chinês” (método usado para atenuar as linhas de expressão do nariz ao canto da boca) na clínica de cirurgia plástica de Wagner de Moraes. O cirurgião é conhecido entre as celebridades por ser marido da modelo Angela Bismarchi. Após sair da sala de cirurgia, a vítima passou mal e foi levada para o Hospital de Clínicas de Icaraí, também em Niterói.
A polícia chegou ao cemitério 10 minutos antes do enterro, acompanhada de homens do Corpo dos Bombeiros. Eles chamaram o marido e empresário da vítima, Gilberto de Azevedo, 33, e explicaram a situação. Parentes e amigos foram reunidos e avisados sobre a determinação da Justiça. Após 45 minutos, os agentes fizeram a remoção do corpo da modelo para o IML. O laudo sobre a causa da morte deve sair de 15 a 30 dias.
“Queremos saber se a causa da morte da jovem foi ocasionada por erro médico, uma vez que o atestado de óbito teria informações inconsistentes, havendo a necessidade de uma autópsia, o que foi autorizado pela Justiça”, declarou a delegada Maria Carolina, responsável pelo caso.
Azevedo se mostrou indignado com a situação. “A mãe dela [Raquel] foi atrás da delegada. Ela não quer a exumação do corpo de jeito nenhum. Já pensou abrir o corpo da filha? Essa situação de não ter o laudo é horrível.”
Parada cardiorrespiratória.
Segundo o Hospital de Clínicas de Icaraí, Raquel deu entrada com um quadro de parada cardiorrespiratória e morreu às 21h40min. Ainda conforme a unidade, Moraes, que acompanhava a paciente, foi a primeira pessoa a constatar a morte.
O médico nega que a cirurgia estética tenha provocado o falecimento de Raquel. Moraes disse ainda que, durante o procedimento no rosto, a paciente teve falta de ar e arritmia, e ele providenciou a sua transferência. “Não foi nenhum comprometimento na área médica. O produto que usei não induziu a nada”, garante. O médico diz que a família da modelo sabia dos riscos antes do procedimento.
No velório, o viúvo de Raquel criticou o socorro prestado. Segundo ele, a clínica de estética não tinha instalações adequadas, contendo apenas um cilindro de oxigênio para emergências.
