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Brasil Polícia liberta peruanos vítimas de trabalho escravo em confecção de São Paulo

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Confecção mantinha peruanos em situação precária. (Foto: Reprodução)

A Polícia Civil libertou 18 peruanos vítimas de trabalho escravo em uma oficina de costura clandestina no bairro da Penha, na Zona Leste de São Paulo.

Eles também eram mantidos em cárcere privado no local por um boliviano de 28 anos, que era o empregador e foi preso em flagrante. O DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) chegou até o local na quarta-feira (15) após receber uma denúncia de dois costureiros. Eles conseguiriam fugir por um vão do telhado e chamaram a polícia no dia anterior.

De acordo com a polícia, os peruanos eram mantidos em condições de extrema vulnerabilidade. “Eles dormiam no subterrâneo, sem janela e ventilação. Os quartos pareciam celas de cadeia e eles tinham que trabalhar 16 horas por dia”, relatou o delegado César Camargo.

Os peruanos vieram para o Brasil depois de receberam uma proposta de emprego com a promessa de salário de 2 mil reais. As passagens de ônibus foram pagas pelo boliviano. Eles entraram pelo Acre, rota que não é usual, segundo o DHPP. Quando o grupo chegou a São Paulo, passaram a receber 600 reais por mês e não podiam sair do imóvel.

“O interessante é que muitas pessoas não percebiam a situação vulnerável em que estavam e eram agradecidas pela ‘oportunidade’ que estavam tendo, como se o Efraim (boliviano, empregador) fosse um salvador”, completou o delegado.

 

Dos 18 peruanos libertados, 11 são homens e sete mulheres, entre elas três adolescentes. O Consultado do Peru foi acionado e ofereceu abrigo ao grupo. Segundo a polícia, eles poderão retornar ao país de origem ou regularizar a documentação para trabalhar de forma digna no Brasil.

O boliviano identificado como o patrão e explorador dos costureiros foi preso e vai responder por trabalho escravo. A pena é de 2 a 8 anos de prisão, mas pode ser ampliada por causa da exploração da mão de obra de menores na oficina.

CASTIGO

As vítimas de trabalho escravo relataram à polícia que recebiam 0,30 centavos de real por peça de roupa costurada e que precisavam produzir pelo menos 100 unidades por dia. Como não conseguiam atingir nem mesmo metade da meta, elas eram punidas e não recebiam o café da manhã.

Algumas peças apreendidas pela polícia na oficina tinha etiquetas coreanas e a segunda etapa investigação pretende identificar quem são os contratantes do local. (AG)

Polícia liberta peruanos vítimas de trabalho escravo em confecção de SP (Foto: Reprodução)

Polícia liberta peruanos vítimas de trabalho escravo em confecção de SP (Foto: Reprodução)

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