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Brasil Polícia suspeita que presidente do Tribunal de Contas da União tenha ajudado empreiteira

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O presidente do TCU, Aroldo Cedraz, e seu filho Tiago afirmaram que não atuaram no processo de Angra 3. (Foto: Pedro Ladeira/Folha Imagem)

Investigadores da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, suspeitam que o presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), ministro Aroldo Cedraz, repassou informações sobre um processo de interesse da UTC Engenharia, empresa que teria pago propina a seu filho, o advogado Tiago Cedraz.

Em novembro de 2012, quando ainda não havia assumido a presidência do TCU, Cedraz pediu vista de um caso envolvendo supostas irregularidades na licitação de uma das unidades da usina de Angra 3. Passados 15 dias, ele devolveu o processo ao plenário e se declarou impedido de julgá-lo.

Embora não tenha participado do julgamento, Cedraz pôde analisar por duas semanas o parecer do relator, ministro Raimundo Carrero, favorável à continuidade do processo licitatório. O relator, como de praxe, havia liberado previamente seu voto aos outros ministros. O procedimento de Cedraz é considerado pouco usual no TCU.

Procurador pela reportagem, Tiago Cedraz disse que foi consultado pelo dono da UTC, Ricardo Pessoa, para trabalhar neste caso, mas sua contratação não foi efetivada. Um investigador ouvido pela Folha diz que o episódio entrou no radar da Lava-Jato e que será apurado.

O caso em questão interessava diretamente à UTC, construtora líder do consórcio Una 3, um dos responsáveis pelas obras em Angra 3. A licitação discutida no TCU dizia respeito a um contrato de 2 bilhões de reais.

Pessoa, preso por suspeitas de participação no esquema de corrupção da Petrobras, firmou um acordo de delação premiada, em troca de redução das penas. Em seu depoimento, ele contou ter desembolsado 1 milhão de reais para Tiago ajudar na liberação do processo licitatório de Angra 3.

Conforme a Folha de S.Paulo revelou no fim do mês de junho, Pessoa ainda afirmou que, desde 2012, pagava  50 mil reais por mês a Tiago Cedraz para ter acesso a informações privilegiadas de processos do TCU.

Outro lado

O ministro do TCU e seu filho Tiago afirmaram que não atuaram no referido processo de Angra 3 envolvendo a empreiteira UTC. Aroldo Cedraz, em nota, disse que “após o pedido de vista do processo, o ministro decidiu declarar-se impedido” com base no regimento interno do TCU.

O comunicado citou um artigo que inclui, dentre outros motivos para o afastamento em um processo, a parte envolvida ter como advogado algum parente do ministro.

O presidente do TCU afirmou ainda que “tem se declarado impedido em processos nos quais o mencionado advogado ou advogados do mesmo escritório atuem”.

Já o advogado Tiago Cedraz disse, em nota, que seu pai nunca lhe passou informações sobre processos na Corte e que, no referido caso, seu escritório de advocacia não chegou a atuar, tendo sido apenas consultado por Pessoa, dono da UTC. Ele afirmou ainda que os detalhes do caso são fornecidos aos demais ministros sem necessidade de pedido de vista.

Sobre as acusações de Pessoa, o escritório Cedraz Advogados afirma que nunca atuou para o grupo UTC nem para o consórcio Una 3 dentro do TCU. Diz ainda que processará Pessoa “pelas mentiras lançadas no bojo de uma delação premiada forjada para atenuar ilícitos confessados”. (Folhapress)

 

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