Terça-feira, 06 de maio de 2025

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil Policiais federais receberam com indignação a publicação da medida provisória que suspende o pagamento de reajustes do serviço público previsto em lei

Compartilhe esta notícia:

A Lava-Jato é um marco divisório da Justiça deste País. Mas é apenas o nome fantasia de uma operação policial importante e bem sucedida. (Foto: Divulgação/PF)

Policiais federais receberam com indignação a publicação da MP (medida provisória) 849/2018, que suspende o pagamento de reajustes do serviço público previsto em lei. A Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais), entidade que representa os mais de 14 mil policiais federais, destaca que a medida fere o inciso XV, artigo 37, da Constituição Federal, que prevê a irredutibilidade dos subsídios e vencimentos dos servidores públicos.

Ademais, a entidade lembra que a matéria já foi objeto de controle de constitucionalidade. No ano passado, o ministro Ricardo Lewandowski suspendeu a eficácia de diversos artigos da MP 805/2017, que guarda estreita literalidade ao texto da MP recém-publicada, mantendo as datas previstas para implementação dos reajustes. Na ocasião, o ministro destacou que a medida não era razoável, visto que “dois ministros de Estado e o próprio presidente da República já haviam classificado o reajuste como necessário e adequado, sobretudo porque não atentaria contra o equilíbrio fiscal”.

Nesse contexto, o encaminhamento da MP pelo Executivo caracteriza total incapacidade do governo atual de gerenciar o Brasil e de manter compromissos firmados com os brasileiros. São vários problemas acumulados, além de questões não resolvidas e reformas que poderiam ter sido realizadas preventivamente, inclusive com auditoria da dívida pública.

No entanto, o governo opta por continuar sacrificando os servidores públicos, inclusive aqueles que atuam em áreas essenciais e sensíveis à população, especialmente em períodos de crise e instabilidade institucional, como é o caso das polícias Federal e Rodoviária Federal.

A entidade também manifesta preocupação com informações divulgadas pela imprensa sobre um possível acordo entre o presidente Michel Temer e ministros do STF (Superior Tribunal Federal) para garantir o reajuste do Judiciário, em face do adiamento do reajuste dos demais servidores. Para a Fenapef, a negociação é absurda: não há motivo para que o STF despreze a interpretação do ministro Ricardo Lewandowski quando da apreciação da MP 805. Além disso, considera imoral qualquer pacto que tenha como objetivo o sacrifício da correta interpretação do ordenamento jurídico brasileiro em detrimento de interesses pessoais e corporativistas.

A Fenapef se compromete com os policiais federais brasileiros em tomar todas as medidas cabíveis para garantir o cumprimento das obrigações do governo para com os servidores públicos e já estuda a realização de mobilizações em todos os estados brasileiros e ações junto ao Congresso Nacional para defender o direito das categorias atingidas pela medida provisória.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

O Senado aprovou a medida provisória do subsídio ao óleo diesel
O Museu Nacional funcionou sem a autorização dos Bombeiros. O prédio bicentenário não atendia a requisitos básicos de segurança, como portas corta-fogo
https://www.osul.com.br/policiais-federais-receberam-com-indignacao-a-publicacao-da-medida-provisoria-que-suspende-o-pagamento-de-reajustes-do-servico-publico-previsto-em-lei/ Policiais federais receberam com indignação a publicação da medida provisória que suspende o pagamento de reajustes do serviço público previsto em lei 2018-09-05
Deixe seu comentário
Pode te interessar