Sexta-feira, 31 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 20 de junho de 2015
 
				Políticos do Partido Socialista da Venezuela consideraram nesta sexta-feira (19) um abuso e uma intromissão a viagem de senadores brasileiros a Caracas para visitar na prisão alguns opositores do presidente venezuelano Nicolás Maduro.
A visita da delegação brasileira na quinta-feira (18) foi interrompida depois que os senadores disseram que o micro-ônibus no qual viajavam foi apedrejado por simpatizantes de Maduro e que ruas foram bloqueadas, forçando a comitiva a voltar ao aeroporto e embarcar para o Brasil no mesmo dia.
Os senadores esperavam visitar os políticos detidos, incluindo o líder Leopoldo López, que faz greve parcial de fome em uma prisão militar, e o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, que está sob prisão domiciliar.
Os membros do Partido Socialista de Maduro disseram que a meia dúzia de parlamentares brasileiros fazia parte de uma conspiração internacional de direita.
“Há uma intenção doentia destes grupos políticos, não só para vir e ameaçar… mas também para minar as boas relações entre Venezuela e Brasil”, disse a vice-presidente da Assembleia Nacional, Tania Diaz. “Eles querem o mesmo que a extrema direita da Venezuela: isolar o país e sabotar a integração.”
O apoio estrangeiro a líderes da oposição é uma questão sensível para o governo de Maduro, que os considera agitadores apoiados pelos EUA com a intenção de fomentar um golpe de Estado.
Um representante da Venezuela no Parlamento Latino-Americano, que não quis se identificar, disse que uma queixa contra os senadores brasileiros será apresentada em uma reunião da comissão de direitos humanos no dia 30 deste mês. (Reuters)