Domingo, 11 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 14 de março de 2020
Um pai deverá ficar afastado da filha de 2 anos após voltar de uma viagem a países onde houve transmissão do coronavírus na última semana. O homem, que mantém guarda compartilhada com a ex-esposa, esteve na Colômbia e El Salvador e voltou ao País no início da semana.
A defesa da mãe argumenta que o homem deve esperar 15 dias para visitar a filha. Segundo o Ministério da Saúde, é o tempo em que o vírus pode ficar incubado até se manifestar.
Separados há dois anos, o casal mantém guarda compartilhada. O pai não apresenta os sintomas do Covid-19, mas as advogadas defenderam que a criança tem problemas respiratórios, como bronquite, e não poderia correr risco de ser infectada até acabar o período de incubação.
“Tentamos dialogar, mas foi preciso procurar o Judiciário para ter uma decisão”, explica a advogada do caso, Monize Crepaldi. A Justiça só decidiu a favor da mãe na última quarta-feira (12), após a OMS (Organização Mundial da Saúde) decretar estado de pandemia devido ao coronavírus.
Estado de emergência
A Colômbia declarou estado de emergência e suspendeu eventos públicos para evitar a propagação do vírus. El Salvador, país na América Central com pouco mais de 6 milhões de habitantes, só permite a entrada de cidadãos salvadorenhos após a propagação do coronavírus.
O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, anunciou neste sábado (14) estado de emergência, e restrições de movimentação em todo o país. As pessoas não poderão sair de suas casas, exceto quando o deslocamento for estritamente necessário, como para trabalhar, comprar medicamentos e alimentos ou ir ao hospital.
Também neste sábado, foi anunciado que a mulher de Sánchez, Maria Begoña Gómez, está com Covid-19. Ela recebeu o diagnóstico positivo depois que todos os membros do governo e colaboradores mais próximos do presidente foram submetidos a testes. Além dela, também estão com o coronavírus e cumprindo quarentena as ministras de Política Territorial e Função Pública, Carolina Darias, e a de Igualdade, Irene Montero.
Gómez e Sánchez estão no Palácio Moncloa, sede do governo espanhol, e estão bem, segundo assessoria do primeiro-ministro. Eles seguem as medidas de prevenção estabelecidas pelas autoridades sanitárias.
Em seu pronunciamento, Sánchez justificou as medidas – que terão validade de 15 dias – afirmando que a crise provocada pelo coronavírus requer “decisões extraordinárias”.
Durante esse período, todas as lojas ficarão fechadas, com exceção de farmácias e daquelas que vendem alimentos e outros produtos de necessidade básica.
O primeiro-ministro disse ainda que o governo irá adotar medidas econômicas para ajudar trabalhadores e empresas afetados – já que admitiu que a situação trará um grande impacto econômico – e que as forças armadas estarão disponíveis para ajudar nas ações de combate ao vírus, se necessário.