Domingo, 08 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 9 de outubro de 2020
A situação econômica transitada ao longo do ano fez com que as planificações de muitos brasileiros mudassem drasticamente e, lamentavelmente, em termos gerais, foi para pior.
De acordo os dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), em agosto, o número de famílias que pediram empréstimos cresceu 22,5%. Segundo a pesquisa publicada pelo Instituto, quase cinco milhões de domicílios brasileiros tinham ao menos um morador que pediu empréstimo.
A maioria dos analistas relacionam a alta de pedidos de empréstimos com o endividamento da população em meio à atual crise que deixou mais de dois milhões de desempregados. Com a diminuição ou falta de ingressos e a necessidade de fazer frente às despesas básicas, em agosto, 67,5% das famílias brasileiras estavam endividadas: isto é a maior taxa registrada na história.
Perante esse cenário, o Estado e suas instituições procuram brindar uma resposta desde o começo da pandemia, tentando facilitar a acessibilidade aos recursos financeiros. Numa primeira etapa, o foco foi posto na ajuda àqueles que já possuíam algum empréstimo vigente para o qual foram outorgados prazos de graça e adiamento de parcelas. Ainda assim, as medidas não foram suficientes e faz tempo que o governo e a maioria dos bancos colocam o esforço em melhorar as condições de outorgamento de créditos.
Nessa linha, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil anunciaram uma nova modalidade de empréstimo pessoal com baixas taxas de juros, em comparação com a média, divulgando uma nova opção de uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Para entender a novidade, é importante lembrar que, mesmo que o FGTS esteja projetado para ser entregue em condições típicas como demissão sem justa causa, por exemplo, o governo habilitou o chamado “saque-aniversário”, que permite anualmente a retirada de parte do saldo da conta, no mês de aniversário. Então, aqueles trabalhadores que tenham aderido a este tipo de saque poderão antecipar até três parcelas do FGTS. Uma das novidades é que o saldo do Fundo é utilizado como garantia da operação, o que traz simplicidade e agilidade para a contratação.
Além do anterior, o principal benefício é a taxa de juros do empréstimo, que só chega ao 0,99% mensal. O valor mínimo da operação é de R$2 mil e o pagamento pode ser feito em até três anos.
O trabalhador interessado em contratar este tipo de empréstimos pode fazê-lo mediante o aplicativo do FGTS, informando o banco em que será feita a operação: seja a Caixa ou Banco do Brasil. Confirmada a contratação, a instituição bloqueará o saldo da conta do Fundo para fins de garantia. Previamente, é preciso ter aderido ao saque-aniversário, acessando no Internet Banking Caixa, app Caixa ou na app/site do FGTS.
Além das modalidades anteriores, ainda existem outras duas modalidades de saques que foram liberadas em 2020: o saque emergencial FGTS para todo trabalhador com saldo na conta do Fundo e um limite de saque de R$ 1.045, e o abono salarial PIS/PASEP disponível para quem trabalha com carteira de trabalho assinada em 2019 e recebendo, em média, até dois salários mínimos por mês.