Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 5 de junho de 2019
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira (05) que a quantidade de pontos necessária para cassar a CNH (carteira nacional de habilitação) poderia chegar a 60 se dependesse apenas da sua decisão.
Na terça (04), Bolsonaro foi pessoalmente à Câmara dos Deputados para entregar um projeto de lei que muda trechos do Código Brasileiro de Trânsito. Entre as alterações propostas, está a ampliação – de 20 para 40 pontos – do limite para a suspensão da CNH.
Para que as mudanças entrem em vigor, o projeto precisará ser discutido no âmbito das comissões e, depois de aprovado, apreciado pelos plenários da Câmara e do Senado.
“Apresentamos um projeto para fazer com que a carteira nacional de habilitação passe sua validade de cinco para dez anos. Que o caminhoneiro que transporta aqui o que o Centro-Oeste produz não perca sua carteira com 20 pontos, e sim com 40 pontos. Por mim, eu botaria 60 [pontos] porque, afinal de contas, a indústria da multa vai deixar de existir no Brasil”, afirmou Bolsonaro durante lançamento de um projeto de revitalização do Rio Araguaia, realizado em Aragarças (GO) nesta quarta.
O presidente ainda anunciou que acertou com o ministro da Economia, Paulo Guedes, a contratação de mais 1 mil policiais rodoviário federais para reforçar o efetivo da corporação.
“Meus amigos policiais rodoviários federais, acabei de acertar com o Paulo Guedes a contratação de mais mil servidores para essa área para bem ajudar no trânsito nos Estados. Mas a multagem eletrônica vai deixar de existir para o bem dos motoristas e do nosso Brasil”, complementou.
Ministro
Ao dar detalhes da proposta que muda as regras da CNH, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, explicou que, apesar de aumentar de 20 para 40 a quantidade de pontos que o motorista deve acumular para ter a carteira suspensa, o projeto vai acelerar a suspensão em casos de infrações graves e gravíssimas, como dirigir depois de beber.
“Estamos desburocratizando, seguindo determinação do presidente Bolsonaro. A ideia, então, é tornar a vida do cidadão mais fácil”, disse o ministro, que acompanhou a entrega do projeto na Câmara.
O ministro também justificou a mudança no prazo de validade da carteira de habilitação. “Outra coisa importante é a validade do exame de direção, do exame de saúde, que está passando de cinco para dez anos. Isso tem uma razão orgânica. A expectativa de vida melhorou, a saúde melhorou, e nós continuamos impondo um exame para fazer a carteira a cada cinco anos?”, declarou.