Sexta-feira, 16 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 20 de outubro de 2015
Um vigilante gay do Distrito Federal diz ter sido vítima de homofobia ao apresentar um primo como namorado para ganhar desconto na entrada de um cinema. Funcionários do local teriam pedido para que eles se beijassem na boca para comprovar a relação.
Michael Nascimento, 31 anos, disse que o primo não é gay, mas que ambos ficaram ofendidos com a discriminação. Às terças-feiras, dia da “Noite do Casal”, o cinema vende ingressos a 6 reais. O preço normal é 12 reais. Nascimento diz que ele, o primo e um casal de amigos aguardavam na fila quando um funcionário perguntou com quem ele estava fazendo par.
“Eu apontei para o meu primo e disse que ele era meu namorado. O atendente se surpreendeu e perguntou se estávamos de sacanagem. Quando achava que o preconceito não poderia ser pior, ele nos mandou dar um beijo na boca. Eu sou gay e fiquei perplexo com tamanha homofobia”, disse o vigilante.
Indignado com a situação, ele procurou o gerente, que, segundo Nascimento, repetiu o ato do funcionário. “Ele disse que para conseguirmos os ingressos deveríamos dar um beijo na boca. Além do meu primo, estávamos com mais outro casal. Só porque são homem e mulher não precisam provar que estão juntos? Fiquei boquiaberto com o preconceito, pois até crianças estavam entrando nas salas de cinema. A promoção não era exclusiva para casais.”