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Porto Alegre Porto Alegre recebe R$ 171 milhões do Estado para proteção contra enchentes

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Recurso servirá para estudos e qualificação de estruturas como diques, comportas e estações de bombeamento de água. (Foto: Luciano Lanes/PMPA)

Nessa quarta-feira (4), o governo do Estado formalizou nessa quarta-feira (4) um repasse de R$ 171 milhões à prefeitura de Porto Alegre para ações relacionadas à reconstrução e adaptação climática. O recurso servirá para estudos e qualificação de estruturas contra inundações, tais como diques, comportas e estações de bombeamento de água ou esgoto.

Esse é o primeiro repasse do programa estadual “Fundo a Fundo da Reconstrução”, que financia ações estruturais e emergenciais com essa finalidade nos municípios. A ação integra o “Plano Rio Grande”, conjunto de medidas deflagradas após as enchentes de 2024, pior tragédia já ocorrida no Estado.

“Estamos garantindo maior segurança à população e apoiando diretamente a atuação da prefeitura”, discursou o governador Eduardo Leite durante evento realizado no Palácio Piratini para oficializar a iniciativa.

Também presente, o prefeito Sebastião Melo detalhou como pretende aplicar o dinheiro recebido: “O nosso sistema de contenção de cheias foi construído nos anos 1960, após as cheias de 1941. Agora precisamos reconstituir esse antigo e, ao mesmo tempo, construir um novo. Isso envolve casas de bomba e diques, dentre outros itens. Temos muitas famílias que recebem auxílios do Estado e do Município. O único caminho é juntar esforços, portanto queremos agradecer por essa parceria”.

Viaturas para a Defesa Civil

O chefe do Executivo gaúcho oficializou, na mesma cerimônia, a entrega de 26 viaturas zero-quilômetro à Defesa Civil Estadual, a fim de fortalecer a capacidade de resposta e atuação em situações de emergência. Os veículos serão utilizados em ações que abrangem desde a prevenção até a reconstrução em cenários de desastre.

Desse total, 23 unidades da marca Fiat (três do modelo Mobi e 20 camionetas Titano) foram doados pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), com recursos provenientes de Termos de Ajustamento de Conduta. O MP do Rio Grande do Sul auxiliou nas tratativas para a parceria.

Já a aquisição de dois micro-ônibus e de um caminhão-guincho foi viabilizada por meio de recursos do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs), totalizando um investimento de quase R$ 2,12 milhões.

A renovação e modernização da frota integram o Plano Rio Grande, programa de Reconstrução, Adaptação e Resiliência Climática do Estado. Essa iniciativa fortalece o Sistema Estadual de Proteção e Defesa Civil, promovendo maior agilidade, precisão e integração nas ações de enfrentamento a desastres, tornando o Estado mais preparado e resiliente.

Estações hidrometeorológicas

Durante a mesma cerimônia, Leite assinou contratos e ordens de serviço de dois projetos que fazem parte do eixo Preparação do Plano Rio Grande: a batimetria dos rios e a contratação de novas estações hidrometeorológicas.

O levantamento batimétrico ou batimetria dos rios é importante para saber a profundidade e o comportamento das nossas águas. Os serviços de batimetria serão efetuados, inicialmente, em quatro blocos, nas bacias da Região Metropolitana de Porto Alegre, Taquari-Antas, Baixo Jacuí e Guaíba, as mais afetadas pela enchente de 2024.

No total, estão sendo contemplados 2,6 mil quilômetros, abrangendo também as bacias hidrográficas de Guaíba, Vacacaí-Mirim, Sinos, Jacuí, Caí, Pardo, Jacuí, Gravataí e Taquari-Antas. O investimento nos quatro blocos será de R$ 10 milhões, com serviço a ser realizado em seis meses. As empresas vencedoras da licitação foram Água e Solo, STE Engenharia, Terra Brasil (VLF) e Profill.

Unidades de monitoramento

Ao menos 130 novas estações vão compor a rede de monitoramento hidrometeorológico do Estado, com o objetivo de acompanhar variáveis como chuvas e nível dos rios, fornecendo dados importantes para gestão hídrica e previsão de eventos climáticos. Atualmente, são 160 unidades já instaladas.

A iniciativa faz parte das ações para aprimorar o sistema de alerta precoce no Estado, permitindo o acompanhamento de variáveis hidrológicas críticas, em tempo real, a fim de prever eventos extremos, como inundações. Com 130 estações, sendo 113 hidrológicas e 17 hidrometeorológicas (com dupla função), em implantação em pontos estratégicos, o sistema foca em previsões de curtíssimo prazo, nowcasting, e cobertura de missão crítica.

Com isso, possuem condições de manter sua continuidade operacional por meio de estruturas com disponibilidade e redundância mesmo frente a cenários extremos. Tal característica é fundamental para garantir a estabilidade dos serviços mesmo em contextos de desastre, ampliando significativamente a capacidade de resposta da DC e protegendo a população frente a eventuais impactos.

(Marcello Campos)

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