Sábado, 03 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 7 de dezembro de 2022
O craque foi revelado pelo Colorado, treinado por Dunga, em 2012.
Foto: Reprodução/FifaTitular na vitória de Portugal por 6 a 1 contra a Suíça, o meia Otávio ficou bem satisfeito com a sua atuação em conjunto com os colegas. Na zona mista após a partida, o jogador do Porto afirmou que a seleção portuguesa teve uma atuação melhor que a do Brasil, na última segunda, quando venceu a Coreia do Sul por 4 a 1.
“Portugal jogou melhor (risos)”, disse o meia, quando questionado por um jornalista português.
Nascido em João Pessoa, na Paraíba, Otávio foi revelado pelo Internacional, de Porto Alegre. Ao todo, o jogador fez três temporadas pelo elenco principal do colorado, de 2012 até 2014.
Minutos após o apito final, o meio-campista analisou o jogo de Portugal e elogiou a seleção de Marrocos, a qual os portugueses enfrentarão nas quartas de final. Mais cedo, os marroquinos venceram a Espanha nos pênaltis.
“Agora não tem mais jogos fáceis no Mundial, mas fizemos ficar fácil (contra a Suíça) pois fizemos um grande jogo. Vamos analisar o Marrocos, que é uma excelente equipe. Vai ser um jogo difícil, vamos estudá-los”, afirmou.
Imigração
Em um Portugal que se beneficia cada vez mais da imigração, três jogadores nascidos no Brasil ilustram como o fluxo de estrangeiros impulsiona a seleção em busca do título. O zagueiro Pepe, de 39 anos, e os meio-campistas Otávio, de 27, e Matheus Nunes, de 24, representam não só o capítulo mais recente do histórico de brasileiros naturalizados, mas também as mudanças na relação dos portugueses com os movimentos migratórios.
Para conter a queda de habitantes no país, o governo português flexibilizou leis migratórias buscando atrair estrangeiros, especialmente de ex-colônias que falam o mesmo idioma, como o Brasil. Adaptado ao futebol português, Otávio pôde se naturalizar em 2019, após cinco anos residindo no país – um ano a menos do que o período exigido quando Pepe foi naturalizado.
Enquanto isso, o volante Matheus Nunes seguia um caminho distinto ao de brasileiros que já representaram outras seleções em Copas – todos, até então, haviam deixado o país por terem recebido convites para jogar por algum time no exterior. Nascido em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, Matheus mudou-se aos 13 anos com a mãe, brasileira, e o padrasto português para Ericeira, pequeno município praiano nos arredores de Lisboa. Até então, ele só havia jogado futebol em um núcleo de educação esportiva do Fluminense, sem passagens pelas divisões de base de qualquer clube. Em Portugal, começou a treinar no Ericeirense, clube da sexta divisão, enquanto estudava e trabalhava na padaria da família.